terça-feira, maio 29, 2007

Dever de casa I

Acho que eu vou deletar esse blog. Ou pelo menos abandoná-lo. Talvez pra sempre. Talvez até haver alguma mudança significativa na minha vida. Eu tô com o saco tão cheio que nem dá pra descrever, nem dá pra mensurar. Saco cheio de gente estéril, seca, sarcástica, amarga, rude.

Na última sessão da terapia eu levei dever de casa: montar uma balança de prioridades, pra ver se eu descubro um rumo. A próxima sessão é amanhã e eu acho que a Lívia não vai ficar muito satisfeita com o resultado. Eu não estou. Não tem nada aí que eu não saiba, mas nem por isso faz diferença.

O QUE EU QUERO

1. emagrecer
2. ser independente
3. ter alguém que queira realmente dividir a vida comigo
4. escrever
5. estudar literatura

O QUE EU PRECISO

1. fazer dieta/exercícios/massagem
2. arrumar uma fonte de renda suficiente
3. não sei.
4. transformar minhas dores de novo em passado
5. conseguir estabilidade

O QUE EU NÃO QUERO

1. me conformar com o meu peso.
2. ficar em Uberlândia para sempre.
3. passar o tempo sem construir nada.
4. desistir dos meus personagens.
5. ser advogada.

O QUE EU NÃO PRECISO

1. descontar a ansiedade com comida.
2. ter medo de tentar o que quer que seja.
3. perder tempo com ilusões.
4. assistir televisão e jogar no computador.
5. entrar em pânico.

Sorte do Zander que eu não sou inventora de correntes. :-/

domingo, maio 20, 2007

Antes que Termine o Dia

Eu já escrevi sobre este filme AQUI.

Estou assistindo de novo neste momento e alguns diálogos estão acabando comigo:

Diálogo I

taxista: Você está com problemas na vida amorosa.
o cara: E como é que o senhor sabe disso?
taxista: Assim como os barmen, os taxistas sabem dos problemas das pessoas. Qual é o seu?
o cara: Ah, eu não tô a fim de falar disso.
taxista: É uma boa idéia. Talvez assim o problema se resolva sozinho.
Eles se entreolham e o cara muda de idéia.
o cara: Não consigo fazê-la feliz. Como é possível amar tanto alguém sem saber como...como se deve amar?
taxista: Então a ama?
o cara: Sim! Amo muito.
taxista: Esse é o problema?
o cara: Ela vai viajar amanhã. Por duas semanas. E quer me levar também.
taxista: E se ela não voltar?
o cara: O que você quer dizer com isso?
taxista: Vamos lá, imagine. Vocês se despedem, ela entra no avião e nunca mais a vê. Poderia viver assim?
o cara: Não... Não. Não mesmo.
taxista: Já sabe o que fazer. Aprecie o que tem. Apenas ame-a.


Diálogo II

o cara sabe que ela só tem mais aquele dia. e pergunta:

o cara: Se soubesse que não te resta muito tempo de vida, se só te restasse um dia, o que faria?
ela: Que pergunta estranha!
o cara: Eu só quero saber.
ela: Bom, deixa eu ver...meu último dia na Terra...Eu compraria sapatos! Tomaria dez sorvetes com calda quente e talvez conheceria o modelo das cuecas Calvin Klein pruma tórrida aventura...(risos)
Ele continua olhando em silêncio.
ela: É uma resposta fácil. E ridícula. Eu passaria com você.
o cara: Sério?
ela: Sério. Nós ficaríamos juntos, como agora, sem fazer nada.
o cara: Só isso? Quer dizer...mais nada?
ela: Proximidade. Uma proximidade intensa. A gente compartilhando coisas e bobagens...dificuldades...É o que eu sempre quis pra gente.
o cara: Eu te amo.

terça-feira, maio 08, 2007

Pautas da Terapia I

De acordo com a minha terapeuta, eu preciso tomar cuidado com as minhas relações. Porque existe em mim uma tendência a justificar erros e comportamentos alheios e a me contentar com muito pouco. Segundo ela, eu teria tendência a achar que a culpa é minha, que quem está fazendo errado sou eu e que isso influencia o outro de maneira negativa. E que isso não é verdade. Que eu preciso começar a pesar as coisas e perceber que algumas situações não valem a pena serem mantidas.

É estranho pensar nisso. Afinal, como decidir o que é aceitável e o que não é? E como saber se estou pedindo de alguém o que essa pessoa não pode dar? Até que ponto "fulano é assim mesmo e eu tenho que aprender a lidar com isso"?

Saí de lá ontem pensando nisso tudo e cheguei à conclusão que é assim que se comporta alguém que sofre abuso. É assim que pensa a esposa que toma uma bofetada do marido e justifica o ato, dizendo que provocou. É o pensamento que justifica um estupro com o fato da vítima estar usando minissaia. Impensável!

Preciso definir pra mim mesma o que é imprescindível e ter a firmeza de limar da minha vida qualquer um que não esteja de acordo. E eu sei que existem coisas que pra mim são importantíssimas. Como respeito, carinho, atenção, companheirismo e gentileza manifesta. Sim, disso eu não posso abrir mão. E nem sei porque aturo gente que não é assim.

Disse pra Lívia outro dia - a terapeuta - que embora eu ainda não saiba o que eu quero das pessoas, sei o que eu não quero e o que não aceito. Mas, que esta lista muda todos os dias, porque talvez seja meu primeiro contato com determinada característica ou talvez o que ontem não tenha me feito sofrer, hoje faça. Talvez por eliminação eu chegue a algum lugar definido, algum dia.

Por hora, eu to tentando descobrir do que são feitas as pessoas que me cercam e decidir quem é de verdade e quem não é. Ô, tarefinha árdua! Mas gratificante. :-)

quinta-feira, maio 03, 2007

Na onda de Minibolo e Gabiroba

Hoje: quinta, com preguiça digna de sexta feira à tarde.
Nos ouvidos: When the Heartache is Over - Tina Turner.
Na cabeça: um plano maquiavélico pra matar cursinho pra segunda fase da OAB.
Nos pés: nada, o chão frio.
No corpo: sutiã, calcinha e calça preta de ginástica.
Na boca: o dedão da mão direita, mordendo a pele.
Nas mãos: suor, vou lavar com sabonete - meu TOC novo.
Na manga: nada, não tô de blusa.
Na pauta: resgate de amigos afastados, quase perdidos.
Na ponta da língua: mudanças.
Na frente: meu monitor.
No icq: nunca tive.
No msn: 18 pessoas on line, uma delas bloqueada e umas duas que não adianta chamar.
Na hora: de assumir que não vou mesmo na aula.
Na noite: vamos ver no que dá.
No fundo, no fundo: estou em paz, mas querendo uma definição definitiva. :-)