segunda-feira, junho 30, 2008

Fragmentos de Alcova

Recebi essa mensagem partida em fragmentos no dia 18 de março desse ano, escrita pelo homem mais incrível que eu conheço.

Lista de Exigências

Um beijo, um cheiro
uma lambida,
uma mordida,
uma assoprada,
um olhar, um sorriso
e uma piscada de olho.
Um pensamento lascivo
uma oração, uma bênção.
Um dia, uma noite, uma hora.
Um copo d'água,
uma gota no seu corpo,
seu gosto em minha boca.
Meu corpo cansado...
Um olhar de quero mais,
um pedido velado,
um gosto explícito,
um lugar sem sol.
Uma cama grande,
uma tarde chuvosa,
roupas íntimas sem fechos,
sutians sem botões,
vestidos amassados no chão.
Seu olhar me chamando pro quarto.
Acho que com isso, eu passo o feriado em paz.

quarta-feira, junho 25, 2008

AHAHAHAHAHA...



Life is Short
When it doesn't rain it snores
Yeah the cookie crumbles but in who's hand?
All things said and all things done
Life is short

Oh I am young but have aged
Waited long to seize the day
All things said and plenty done...life is short

Ooooh could this be....
Ooooh could this be the day I've waited for?

Another door to peek in through
The floor is filthy
But the couch is clean
At the end of the day
That's another day gone
Life is short....Ooo life is short

Ooooh Could this be....
Ooooh Could the be the day I've waited for?
Oh I am young but I have aged
Waited long to seize the day
All things said and plently done
Oh I am young but I have a past
Travelled for to find the start
Yes I am scared and I've been burnt
But life is to short

Ooooh Could this be...
Ooooh Could this be the day I've waited for?

quinta-feira, junho 19, 2008

Tempo

Ok, eu preciso atualizar o blog.

Mas sabe quando a sua cabeça está invadida demais pelas coisas dos outros e dos problemas dos outros, a ponto de você não ter mais paz nem pra lembrar de comprar absorvente, quanto mais pra contar histórias e ser espirituosa?

Pois é.

Me dá um tempinho pra me livrar dos grilhões e me desintoxicar. Vou ali e volto já.

quinta-feira, junho 12, 2008

Update

E o que eu queria dizer pro meu namorado hoje é:



You Raise Me Up
Josh Groban

When I am down and, oh my soul, so weary;
When troubles come and my heart burdened be;
Then, I am still and wait here in the silence,
Until you come and sit awhile with me.

You raise me up, so I can stand on mountains;
You raise me up, to walk on stormy seas;
I am strong, when I am on your shoulders;
You raise me up: To more than I can be.

There is no life - no life without its hunger;
Each restless heart beats so imperfectly;
But when you come and I am filled with wonder,
Sometimes, I think I glimpse eternity.

Dia dos Namorados. Mimimimi.

Saudade é uma palavra que, até onde eu sei, não tem correspondente em outro idioma. No máximo um "miss you", mas nunca saudade. Todo mundo já sentiu ou sente essa coisa que nos acostumamos a chamar de saudade. E tanta gente já falou sobre saudade em tantos textos, de tantos jeitos, que eu percebi ontem que o tema ficou banalizado. Mais até que isso, existe uma tendência a se subestimar essa coisa que chamamos de saudade, a ponto de dizermos que temos saudade de qualquer coisa e chegarmos à conclusão que, apesar disso, conseguimos viver muito bem sem aquela coisa de que temos saudade.

Então eu acho que deveria haver uma gradação pra palavra saudade. Que nem pra palavra amor. Ama-se de tantos jeitos possíveis! Um amigo, um irmão, um filho, um companheiro, uma história, um animal, um sabor. Amamos tudo isso e de diversos jeitos diferentes. Daí eu só posso concluir que também sentimos saudade de muitos e muitos jeitos e que esses jeitos devem ser diferenciados, reconhecidos, justiçados.

Eu tenho saudade da menina que um dia fui. Tenho saudade de alguns amigos que se perderam no meu caminho, de algumas situações que já vivi, de gente que não vejo há muito tempo, de sentimentos que um dia tive. Mas isso é apenas saudade. Do tipo convencional, aquele apertozinho láááá no fundo quando pensamos em algumas coisas. Mas um apertozinho com o qual podemos conviver e do qual muitas vezes nem tomamos conhecimento.

Mas tem um outro tipo de saudade e esse sim merece justiça. Aliás, mereceria um outro nome até, para ser realmente diferenciado. É aquele tipo de sentimento que dói. Dói a ponto de se sentir dor física. A ponto de não se conseguir respirar às vezes, a ponto do mundo inteiro rodar e ficar escuro, a ponto de sentir frio, por fora e por dentro. É uma falta absurda. Que dilacera, que desorienta. Que deixa a gente infeliz.

Sabe, às vezes temos total consciência de algumas coisas. Racionalmente. E aí fazemos listas de prioridades e tentamos nos convencer de conveniências e necessidades. E tentamos, de verdade, todo dia, a todo momento, ignorar o grito surdo que brota de cada inspiração, de cada piscar de olhos, de cada gesto. Tentamos tocar a vida. Mas às vezes acordamos no meio da noite com a certeza de que aquilo é impossível e que não dá mais pra fazer de conta que não dói, simplesmente não conseguimos lidar com aquilo de um jeito "racional" e "razoável".

E nessas horas, por mais que não dê pra apagar a tristeza dos olhos, tentamos sorrir e fazer de conta que estamos bem. E quando nos perguntam o que temos, respondemos modestamente: "ah, é saudade", daquele jeito prosaico. E temos vontade de morrer em seguida, porque calamos mais uma vez o que tinha que ser dito.

sábado, junho 07, 2008

Verborragia

Tem tanta coisa que eu queria dizer aqui, agora. Um monte de coisas que não deveriam ser misturadas no mesmo post, porque não têm nada a ver uma com a outra. Mas ao mesmo tempo em que eu reconheço isso, a minha cabeça está cheia, transbordando e girando vertiginosamente, misturando pedaços de diálogos, mesclando lágrimas com sorrisos e emendando uma história na outra. Me ocorre tanta bobagem pra dizer e tanta coisa séria! Tenho vontade de contar sobre a merda que foi essa semana, sobre como me doeu algumas injustiças e disparates que me aconteceram, o quanto me indignou certos desmandos, o quanto estou no limite com algumas situações, o quanto é questão de tempo pra eu gritar um sonoro FODA-SE, mandar todo mundo tomar no cu e sair batendo a porta. Tenho vontade também de contar sobre o aniversário na terça feira, o mais triste e solitário que eu já passei e seria o pior de todos não fosse a existência do Fabrício na minha vida. E falando no Fabrício me dá vontade de contar que ele é o cara mais foda do mundo, de dizer que me sinto privilegiada por conhecê-lo e mostrar o presente que eu ganhei. Dá vontade de contar que ontem eu conheci uma menininha no aeroporto que parecia um gnominho em miniatura, que ela não falava coisa com coisa, só pronunciava algumas palavras inteligivelmente (neném, avião, mamãe), e no mais ela grunhia que nem uma matraquinha e juraaaaava que eu tava entendendo tudo. Aí eu fazia de conta que entendia e toquei o terror com ela, faltei correr com ela na sala de embarque. A Luisinha. Me dá vontade de contar que se um dia eu tiver alguma, queria que fosse que nem ela. Danadinha, voluntariosa, simpática, linda e risonha. Acho que a mãe dela teve até medo que eu catasse a menina e saísse correndo. Tenho vontade de contar da saudade que eu to das minhas amigas mais queridas. Dehynha, Dri, Nayra, Gabi, Lilhá... E também das amigas queridas que eu não conheço pessoalmente ainda, que nem a Rocca e a Jo e que me fazem uma falta danada. Ainda mais que a Jo ta montando um grupo de RPG e eu não vou poder participar! aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, saco! Dá vontade de contar que eu to ficando mestre numa modalidade de esporte chamada "Cooper de Aeroporto" e que to pensando em organizar uma equipe fixa pra correr por Congonhas, nunca vi pista mais longa, mais cheia de obstáculos e cheia de possibilidades de trajetos. Dá vontade de contar que a GOL é a empresa aérea mais estúpida, desorganizada e mal qualificada que existe e que de repente me acontece algo que nunca aconteceu: toda vez que o avião sobe eu peço a Deus que ele não caia, porque eu ainda tenho muito que fazer, não posso morrer como uma advogadinha anônima e maltratada que não conquistou nada e não posso me conformar ainda que a última vez que eu segurei na mão do Fabrício tenha sido a última vez. Também não posso morrer sem bater o recorde de blogs criados do Júlio. Eu to ainda tô no nono, preciso de tempo pra chegar no vigésimo! Também não posso morrer sem tomar uma Devassa com a Nayra no Leblon, não posso morrer sem ver a sem vergonha da Carla de novo, não posso morrer sem levar a Dehynha pra fotografar cachoeiras na puta que pariu, nem sem ir com a Dri pra Europa. Também não posso morrer sem publicar meu livro. E não posso morrer com o coração cheio de buracos como está hoje. Mas sabe, eu to feliz. Hoje, aqui, sentada nesse apartamento, olhando pra minha vida, pros recados de aniversário que me deixaram no orkut, pensando nos meus amigos, sentindo o ventinho frio entrando pela porta da sacada aberta, sabendo que daqui a pouco a chave vai rodar na fechadura e sentindo que o dia vai ser muito, muito bom. Capaz até de compensar a semana e toda a saudade e todo o vilipêndio. Acho que vou fazer um café. E ligar pra minha mãe.

terça-feira, junho 03, 2008

Will I Ever Make It Home?

I woke up from my sleep to the sound of that voice
From the words that I heard I had no choice
They told me I had to turn around
My assurance slowly faded down
And I wonder

Will I ever make it home
Will I ever leave the ground
Leave this place so far behind

The plans that I had were quickly destroyed
The problem was one I couldn't avoid
They welcomed me to stay overnight
I'm too tired to complain so i just might
And I wonder

Will I ever make it home
To the place I recognize
Far from here and where I've been
And all the places that I've been shown
Will I ever make it home
Can they keep me here for good
Where I hardly know a soul
And my fear keeps going on

My weariness keeps growing inside
My patience is starting to subside
And I hope I'll be there soon
It can't be long or I'll fall through

Will I ever make it home
Will I ever leave the ground
Leave this place so far behind
Till there is no turning back
Will I ever make it home
Get to where I wanna be
Find the ones who wait for me
To the place where I belong
Will I ever make it home

Aviso aos navegantes

Aniversário é só um dia.
E não necessariamente um dia bom.
Mas agradeço a lembrança e os cumprimentos. Mesmo.

Abraços.

segunda-feira, junho 02, 2008

Contos da Carochinha Bêbada

Tudo começou com uma brincadeira. Sabe criança, quando diz: PORQUE SIM e toda a lógica que ela precisa no mundo está ali? Foi mais ou menos isso. O Fabrício me mandou um email, não lembro sobre o que agora, com uma lista enoooooorme de argumentos pra me convencer sei lá do que. No auge da empáfia que me é peculiar, respondi a ele dizendo que na Liviolândia, onde eu era Soberana Absoluta, as coisas não funcionavam daquele jeito não, e que ele podia tirar o cavalinho da chuva. Putz, pra que eu fui fazer isso? Ele me mandou um email maior ainda, execrando os déspotas esclarecidos, clamando por Justiça e falando mal da Liviolândia. Ê, mas aí eu parti pra ignorância. Onde já se viu falar mal da Liviolândia? E da Soberana Absoluta de lá??? Impensável!

(pausa pra risadas)

Bom, tirando a maluquice toda, o que sobra é o seguinte: ele me propôs um desafio. Eu aceitei. E de quebra ainda enfiei a Dehynha e o Eric no meio. E pretendo enfiar mais gente. O fato é que a brincadeira está lançada e promete ser divertidíssima. Criamos o CONTOS DA CAROCHINHA BÊBADA exclusivamente pra contar histórias tortas, mancas e caolhas. E, claro, pro mundo inteiro saber das pirações que acontecem em Liviolândia. Seja lá onde essa porra for.