terça-feira, dezembro 16, 2008
Sonho
sexta-feira, dezembro 12, 2008
Moderação
quinta-feira, dezembro 04, 2008
quarta-feira, dezembro 03, 2008
Meta-se
segunda-feira, novembro 24, 2008
Um blog de utilidade pública
quarta-feira, novembro 19, 2008
Abri u olhu amigaaaaa!
assunto leia com atenção
enviado por erde.ibone.ch
Olá, Desculpe-me pela minha fraqueza! Sinto muito em não poder te falar pessoalmente, fico até meia constrangida em te falar por e-mail, mais me sinto na obrigação de te avisar, abra os olhos, estão traindo você. Eu sei que é difícil de acreditar mais como as imagens valem mais do que as palavras, estou te enviando essas fotos para que você veja com seus próprios olhos. Se cuida... um grande abraço. --> De um amiga que te quer bem!.Ver Aqui as fotos !!!
data 19 de novembro de 2008 14:21 (53 minutos atrás)
Olá, Desculpe-me pela minha fraqueza! Sinto muito em não poder te falar pessoalmente, fico até meia constrangida em te falar por e-mail, mais me sinto na obrigação de te avisar, abra os olhos, estão traindo você. Eu sei que é difícil de acreditar mais como as imagens valem mais do que as palavras, estou te enviando essas fotos para que você veja com seus próprios olhos. Se cuida... um grande abraço. --> De um amiga que te quer bem!.Ver Aqui as fotos !!!
terça-feira, novembro 18, 2008
quarta-feira, novembro 05, 2008
Noites com Sol.
Há alguns anos – quantos mesmo, hein? Parece outra vida, nossa! – eu me vi chorando com uma sensação parecida com a de agora. Uma coisa meio irracional que faz subir um travo na garganta e não permite maiores questionamentos. Não é pra analisar, é só pra sentir. Há alguns anos, eu me lembro de uma noite em que eu vi acontecer algo que parecia sem precedentes, que parecia uma transformação, que deixou não só a mim, mas a muita gente, esperançosa. Eu me lembro da noite. Muita gente chorava e festejava ao mesmo tempo, até aqueles que eu conhecia bem e sabia serem os mais céticos do mundo. Até esses se permitiram vibrar de esperança, porque há alguns anos, naquela noite, o Lula foi eleito no Brasil pela primeira vez, depois de anos, depois do Collor, depois que tanta coisa tinha acontecido.
Ok, no final nem foi tão transformadora assim, mas naquele dia parecia algo tão especial, uma conquista tão grande. Eu olhava em volta e via todo mundo cantando, rindo e chorando. As pessoas se abraçavam e não precisavam dizer nada – era um sentimento partilhado, o outro entendia muito bem. Aquela coisa esquisita no peito, uma vontade de pular e de cair no chão, de rir e de chorar ainda mais...e eu chorei bastante naquela noite. Não me envergonho de dizer, embora hoje o ceticismo esteja de volta à maioria dos lábios, olhos e corações. Naquele dia eu senti muita esperança e foi bom. Talvez por isso eu me lembre daquilo com tanta nitidez.
Hoje de manhã eu acordei, liguei a televisão e desatei a chorar de novo. Embora eu viesse torcendo por isso há dias, eu realmente não acreditava totalmente que algo tão incrível pudesse acontecer. Cara, Barack Obama é o presidente dos Estados Unidos. DOS ESTADOS UNIDOS!!!! Um país onde mora uma gente – assim eu sempre pensei – arraigada e preconceituosa sem remédio, capaz de atos de ódio incríveis em nome da moral e da respeitabilidade, capaz de apoiar guerras e matar seus jovens por orgulho, presunção e ignorância, capaz de segregar quem é diferente sem dó nem piedade e com requintes de crueldade. Você aí talvez me diga que nem só disso é feito os Estados Unidos, e depois de hoje eu tenho até que concordar. Mas grande parte é sim, e cada vez que entrevistavam alguma daquelas carolas do sul sobre a eleição presidencial e ela discursava sobre Obama não ser um homem de Deus e sobre como a união homossexual é errada e suja, eu sentia um arrepio na espinha. “Meu Deus, não permita que tipos como esse decidam o que será da nação mais poderosa do mundo nos próximos anos”, eu orava em silêncio.
E hoje de manhã, quando ouvi o Renato Machado dizer que o Obama ERA o presidente dos Estados Unidos, eu senti até as pernas fracas. Tinha, afinal, sido uma noite com sol em solo norte americano. Um homem negro!!! O PRIMEIRO HOMEM NEGRO!! Agora, só de escrever isso eu já comecei a chorar de novo. Puxa, isso parece bom demais pra acreditar. Ô, meu Deus, parece que estamos mesmo fadados a evoluir, mesmo quando permanecemos renitentes. Eu me sinto tão feliz em pensar nisso. O país não é meu, o presidente não é meu, mas a emoção por ver que até os casos mais difíceis do mundo são passíveis de melhora, que as idéias (melhores) podem ter tanta força e provocar tantas mudanças, é universal, é inestimável. E agora minha prece muda é que o Obama possa ser o melhor. Pra mostrar pra todos aqueles que votaram no McCain, que a capacidade de um negro é tão grande quanto a de um “branco”. E muitas vezes, até maior.
sexta-feira, outubro 31, 2008
Calor
Bom, aqui em Brasília isso geralmente não acontece. Ou não acontecia. O calor que faz aqui é uma coisa árida, muito parecida com deserto, que você sente que vai morrer afogado no seco. Tem horas que eu chego a sentir a areia escaldante sob os meus pés e o sol torrando a minha cabeça mal escondida por aqueles panos dos beduínos (...gente, a coisa hoje tá séria!) Enfim. Nos últimos dias temos enfrentado aqui temperatura de Rio-de-Janeiro-em-pleno-verão somada à umidade variando em torno de 13%. Ou seja: ta todo mundo desesperado. Só daria pra piorar se estivéssemos MESMO cercados por cariocas (embora aqui tenha mais dessa raça do que eu gostaria).
Mas mesmo tendo começado falando dessas alterações loucas do clima e do aperto que temos passado por isso, não pretendo agora falar do degelo das calotas, do Happy Feet, nem de nada politicamente correto assim. Quero mais é contar duas passagens ensejadas pela altíssima temperatura dos últimos dias.
cena 01
Domingo à tarde, um casal morto de calor e sem coragem pra fazer nada naquele sol de rachar, está deitado imóvel na frente do ventilador, rezando pra cair uma chuvinha e jogando conversa fora pra matar o tempo.
- Sabe, Morena...quando eu morrer eu quero ir pro inferno...
- É? E posso saber por que?
- Ah, é que lá está cheio de diabinhas de biquini com o fio dental enfiado na bunda...
- Humm, sei...mas não acho que seja uma boa idéia, sabe?
- E por que?
- Pensa bem: o inferno é quente, né?
- Aqui também é.
- Tá, mas lá é quente MESMO. E nem tem um ventinho pra aliviar, sabe? É quente E abafado.
- Que nem Belém?
- Muito pior. Lá nem chove, nem nada.
- Eita...
- Pois é. Aí, imagina só...a mulherada semi-nua em volta de você e você suaaaaando, a pulsação aumentando, todo pregando de suor, nojeeeento...
- Creeedo!
- Ta vendo, amor? Melhor ir pro céu...
- No céu tem ar condicionado?
- Não sei, mas deve ser bem fresquinho lá no meio das nuvenzinhas, né?
- Mas o céu é sem graça, vai estar todo mundo vestido!
- Ué, e o seu charme avassalador, fica onde? E a sua capacidade de convencimento, fica como?
- Ah, dá muito trabalho...
- Ih, você não gosta de desafios, não, é?
- To com muita preguiça pra isso...quer saber? Capaz de no purgatório eu achar gatinhas de biquini E bater um ventinho! Pronto, ta resolvido!
- ¬¬...
cena 02
Meio de semana, depois do almoço. A rua movimentadíssima e o calor absurdamente sem noção. Um casal está dentro do carro, no meio do trânsito. Ele de terno e gravata, suando e reclamando do calor, apesar do ar condicionado ligado, de repente se lembra de que tem que parar no banco pra tirar dinheiro. Encosta o carro na porta do Banco do Brasil e sai, deixando-a esperando no carro, com o motor e o ar condicionado ligados. Alguns minutos depois ele volta e coloca o carro em movimento.
- Sabe, querido? Eu cheguei à conclusão de que você é uma pessoa boa...
- É? E como você chegou a essa conclusão?
- Eu tava aqui distraída e percebi que você deixou o carro ligado quando saiu...
- Hum-hum...
- Aí eu pensei: será que é por que ele ia voltar rápido? Não, mesmo pruma parada rápida não seria razoável deixar o carro ligado...
- Hã-hã...
- Aí eu me dei conta de que o ar condicionado é que tinha ficado ligado...então percebi que você pensou "a Morena vai ficar com calor se eu deixá-la fechada aqui me esperando sem o ar"...
- Correção: eu pensei "a Morena vai derreter e vai estar mortinha da silva quando eu voltar se deixar ela esperando aqui no carro sem o ar".
- Então...aí eu pensei: "puxa, esse homem realmente me ama, se preocupa tanto comigo!"...
- Iiisso...muito bom, reconhecimento!
- Mas aí eu fui além!
- É?
- É! Eu me dei conta que, conhecendo você, se eu colocasse qualquer outra pessoa no meu lugar, seu impulso seria o mesmo: o de deixar o ar condicionado ligado pra que alguém te esperando no carro não morresse de calor. Então concluí que você é uma pessoa boa!
- ... Pô, eu gostei mais da conclusão que era porque eu te amava muito!
- Fabríciô...alô-ou...eu concluí que você me ama muito E é uma pessoa boa! É muito melhor, oras!
- Hum...sei não...mas ok, eu sou uma pessoa boa...
Ficam em silêncio durante dois minutos e ele começa a rir.
- Que foi?
- Na verdade...
- ...você deixou o ar condicionado ligado pro carro continuar geladinho pra quando você voltasse, né?
- É! Mas eu só pensei isso agora! - gargalhando.
- Acha que eu não pensei nisso, meu filho?
- Pensou, é?
- Claro! Mas eu prefiro achar que você me ama muito...
- E amo.
- E que é uma pessoa boa...
- Bom...
- Porque do contrário eu vou esconder os controles do Wii durante uma semana!!!!
- Ô, Morena...imagina...é CLARO que eu pensei no seu bem estar, meu amor! Aliás, eu penso no bem estar do mundo inteiro!...
(ele aproveita que parou no sinal vermelho e olha pra ela com o maior cinismo)
- Colou?
quinta-feira, outubro 16, 2008
Menos do que eu pensei, na verdade
You Act Like You Are 29 Years Old |
You are a twenty-something at heart. You feel like an adult, and you're optimistic about life. You feel excited about what's to come... love, work, and new experiences. You're still figuring out your place in the world and how you want your life to shape up. The world is full of possibilities, and you can't wait to explore many of them. |
Mas eu JURAVA que ia dar uns cinquenta!!!
quarta-feira, outubro 15, 2008
Rapidinhas
SUTILEZA MINEIRA
O cumpadi, há muito tempo de olho na cumadi, aproveitô a ausência do cumpadi e resolveu fazer uma visitinha para ver se ela não carecia dearguma coisa...Chegando lá, os dois meio sem jeito, não estavam acostumados a ficar a sós…falaram sobre o tempo…
- Será qui chove?
- Pois é…
Ficô um grande silêncio. Aí, o cumpadi se enche de corage e resorve quebrá o gelo:
- Cumadi….qui qui ocê acha: trepemo ou tomemo um café?
- Ah, cumpadi…cê mi pegô sem pó…
E como se não bastasse, arrematou:
CUNVERSA DE MINEIRIM
- Cumpadi, muié é bicho estranho, num é mêsss??? Num gosta di pescá….Num gosta di futebor… Num sabi contá piada… Num toma umas pinguinha…
- Óia, cumpadi…si num tivesse xoxota, eu nem cumprimentava.
Agora me diz: ELA TA PEDINDO, NÃO TA NÃO???????
quinta-feira, outubro 02, 2008
Superfície Líquida
Aí, como não podia deixar de ser, ontem eu tive um insight desses. Meu amigo RODRIGO NOVAES DE ALMEIDA, um dos brilhantes escritores da nova geração e integrante do Livinrooom (não, o site não morreu, só está de recesso!!!) me mandou um email anunciando a estréia do novo blog dele, o SUPERFÍCIE LÍQUIDA. Eu adorei o nome sem ver nada. Mas antes que eu pudesse me controlar, a mente literária ensandecida pôs-se a divagar. O que me lembra essa expressão, hein?
Superfície Líquida. Um copo de cerveja tombado sobre uma mesa de botequim, a pequena e rasa poça do líquido amarelado de cheiro pungente e enjoativo refletindo as luzes do poste e do par de faróis mais próximo, durante apenas cinco segundos antes de ser engolida pelo guardanapo retirado às pressas e lançado atabalhoadamente sobre o líquido que se espalhava. Superfície Líquida. A água de uma torneira aberta há tanto tempo que se derrama pia abaixo e vai avançando lentamente pelo piso branco do banheiro, alcançando o corpo atingido por algum mal súbito que jaz inerte ali ao lado, sem que ninguém saiba o que aconteceu até que a água ultrapasse a porta de entrada e comece a ser vista pelo corredor. Superfície Líquida. A água do Lago Sul refletindo o ceu absurdamente azul que se estende sobre o planalto central, turvada pelos barcos e lanchas que aceleram e rugem sob o sol de calor absurdo, esturricando até mesmo os jardins pujantes e verdes das imensas casas luxuosas que margeiam placidamente a movimentação do fim de semana. Superficie Líquida. A criança que acorda gritando no meio da noite, suando frio de medo e terror causados pela fera escura e sombria que a persegue no pesadelo, transtornando-a a ponto de perder o controle e se ver em meio a uma grande poça amarela que inunda lençol e colchão, denunciando-lhe a fraqueza e deixando uma marca indelével de vergonha e aviltamento. Superfície Líquida. É o que sente a mão trêmula que apalpa a testa suja de sangue depois do acidente que fez o carro sair da estrada e capotar duas vezes, minutos antes de perder a consciência, ser socorrido e morrer na ambulância a caminho do hospital.
Superfície Líquida. Eu podia continuar indefinidamente, a tarde toda, principalmente se eu soubesse que você, amado leitor, teria paciência de chegar até o fim do post gigante. Ontem, brincando, eu falei pro Rodrigo da história da cerveja e ele me disse que eu o deixei traumatizado, porque conspurquei algo que era uma metáfora pra vida.
Ah, escritores! Bando de malucos. Mas eu sou feliz, ta? Mais louco é quem me diz.
quarta-feira, setembro 17, 2008
Esquentando a barriga no fogão
Desde que essa etapa nova da minha vida começou, eu tenho cozinhado sempre e tem sido extremamente gratificante. O digníssimo consorte e eu temos gostos muito parecidos (não apenas no que se refere a comida) e isso torna divertida até a atividade normalmente enfadonha de fazer supermercado (não, não é paixão besta, é verdade).
Mas tudo tem seus poréns, né? Ainda mais quando o Fabrício mete o dedo torto dele no meio.
Nesse fim de semana fomos visitar minha família em Uberlândia. Pais, irmãos, tios e tias, primos, avô, avó, bebês, cachorro, papagaio, uma zona, uma beleza. No domingo, churrascão no almoço. Minha mãe cobriu o sacripantas de mimos, fez a saladinha de batatas que ele gosta, comprou pãozinho especial pra ele, fez pudim de leite condensado, se preocupou que ele tava bebendo no copo de plástico e não de vidro como devia e blá blá blá. Acha que isso ela intuiu sozinha??? Se não fosse por MIM que reparo nos mínimos detalhes do que diz respeito a ele e dei TODAS AS COORDENADAS, ela teria feito farofa de abobrinha pro almoço com pavê de banana de sobremesa!! (detalhe: ele odeia ambas as coisas)
Mas adivinha se ele reconhece a minha dedicação irrestrita?? Claro que não! Depois de passar dois meses comendo da minha comida em casa, lambendo os beiços, elogiando, fazendo pedidos especiais pra "chef", quando finalmente minha tia se virou pra mim e perguntou: "E então, querida, tá cozinhando em casa?" e eu, ingenuamente disse que ele poderia responder melhor do que eu, o miserável solta essa: "Nossa, Dona Fafa, ela esquenta uma lasanha da Sadia no microondas como ninguém! E a pipoca, então? Ô, beleza!"
***Pausa pra dar um piti só de lembrar da cena. Eu maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaato!!!!***
Depois, quando eu jurei pra ele que a partir de agora ele ia passar a bolacha cream cracker e água, ainda fez a maior cara de inocente do mundo e disse: "Ué, o que eu fiz?"
EU POSSO COM ISSO??????????
Está de castigo. Nem miojo eu faço mais pra ele, palavra de honra. E sorte dele que não tenho mais firmeza pra fazer greves de outras naturezas. Humpf.
sexta-feira, setembro 05, 2008
Bronqueie, se puder
Ontem, o safadinho entrou em casa esbaforido depois do trabalho. Tirou a camisa, me deu um beijo, lavou as mãos e foi passear na cozinha, daquele jeitinho que diz "to morto de fome".
- Ta com fome?
- Eu to, Morena! Morto!
- Ok, eu arrumo algo pra você comer. Mas quero dizer uma coisa muito séria pro senhor antes.
Coloquei a mão na cintura, muito severa. Ele fez aqueeeela carinha de inocente.
- Que foi, Morena?
Como se não bastasse a cara de filhote de cachorro, a voz cheia de dengo.
- Quero dizer que o senhor colocou a máquina de pão no chão...
(ele veio andando no meu rumo com aqueeeela cara)
- ...com a tampa suja de massa e ali, meu amor, ela não vai se limpar sozinha...
(e ele vindo)
- ...e se eu não pegasse e limpasse ela ia ficar lá, né?
- Ô, Morena, perdão...eu to tão arrependido... (digno de Oscar, só faltou bater os dedinhos um no outro) ...imagine se eu ia querer aborrecer a minha morena...eu só quis liberar espaço na pia, meu amor, a máquina estava atrapalhando você e...
Eu caí na gargalhada. Ele deu um sorrisinho safado antes de me estalar um beijo.
- Confessa, isso é estratégia, não é?
E com a cara mais lambida do mundo:
- A gente faz o que pode, né??
terça-feira, setembro 02, 2008
domingo, agosto 31, 2008
Romantismo
segunda-feira, agosto 25, 2008
Rapidinha
Calma, não é pra tanto. Respira no saco, vai. Um, dois. Pronto... Então, casei. Embora haja uns efeitos suspensivos e condições inerentes ao contrato intensamente discutido- piada interna mode on - e eu suspeite que a minha vida nunca vai ser muito convencional e certinha, ainda mais tendo em vista a minha cara metade politicamente incorreta até o último fio de cabelo.
Outro dia, estava eu colocando em prática meus dotes culinários, enquanto meu consorte planejava uma aula de Direito Islâmico. De repente, ele começou:
- Caaaaralho, vou virar mulçumano!
- HEIN?
- O mulçumano pode ter quantas mulheres ele quiser!! Ora, Mohammed, o profeta, podia ter quantas esposas ele quisesse e aguentasse! Se Mohammed pode, eu também posso!
- Ah, sei...
- E olha que legal... - ele ia lendo os trechos - a mulher deve ser obediente, deve andar coberta, deve ficar sempre em casa e nunca sair sem a companhia do marido, deve cuidar da casa e servir o marido, que deve sustentá-la...
- Ué, por mim tá ótimo...eu páro HOJE de estudar pro concurso, coloco meu burro na sombra e fico só cuidando das suas coisas...tem algum botão aí pra pregar?
Ele continuava lendo e continuou:
- Ihh, mas eu não quero mais ter muitas mulheres não...aqui diz que eu tenho que sustentar TODAS igualmente! Aí eu vou à bancarrota!
Não aguentei, caí na gargalhada.
- Dou o maior apoio. Sustente só a mim e tá bom demais.
- Epa, achei a solução! Se não puder sustentar duas ou mais esposas igualmente, o mulçumano pode ter UMA esposa e tomar para si quantas ESCRAVAS ele quiser! Pra essas só precisa prover a alimentação!
- Aaaahhh, sei...perfeito, né? E o seu seguro de saúde cobre esse tipo de acidente que você está querendo sofrer?? - com a colher de pau na mão.
- Mas meu amor... eu só ia amar você, olha que beleza!
A cara mais cínica do mundo. Eu mereço. Minha mãe já dizia: olha aonde eu vim amarrar o meu burro.
Fazendo côro com o Hitler
terça-feira, julho 15, 2008
Tempo de Crescer
segunda-feira, junho 30, 2008
Fragmentos de Alcova
Lista de Exigências
Um beijo, um cheiro
uma lambida,
uma mordida,
uma assoprada,
um olhar, um sorriso
e uma piscada de olho.
Um pensamento lascivo
uma oração, uma bênção.
Um dia, uma noite, uma hora.
Um copo d'água,
uma gota no seu corpo,
seu gosto em minha boca.
Meu corpo cansado...
Um olhar de quero mais,
um pedido velado,
um gosto explícito,
um lugar sem sol.
Uma cama grande,
uma tarde chuvosa,
roupas íntimas sem fechos,
sutians sem botões,
vestidos amassados no chão.
Seu olhar me chamando pro quarto.
Acho que com isso, eu passo o feriado em paz.
quarta-feira, junho 25, 2008
AHAHAHAHAHA...
Life is Short
Yeah the cookie crumbles but in who's hand?
All things said and all things done
Life is short
Oh I am young but have aged
Waited long to seize the day
All things said and plenty done...life is short
Ooooh could this be....
Ooooh could this be the day I've waited for?
Another door to peek in through
The floor is filthy
But the couch is clean
At the end of the day
That's another day gone
Life is short....Ooo life is short
Ooooh Could this be....
Ooooh Could the be the day I've waited for?
Waited long to seize the day
All things said and plently done
Oh I am young but I have a past
Travelled for to find the start
Yes I am scared and I've been burnt
But life is to short
Ooooh Could this be...
Ooooh Could this be the day I've waited for?
quinta-feira, junho 19, 2008
Tempo
Mas sabe quando a sua cabeça está invadida demais pelas coisas dos outros e dos problemas dos outros, a ponto de você não ter mais paz nem pra lembrar de comprar absorvente, quanto mais pra contar histórias e ser espirituosa?
Pois é.
Me dá um tempinho pra me livrar dos grilhões e me desintoxicar. Vou ali e volto já.
quinta-feira, junho 12, 2008
Update
You Raise Me Up
Josh Groban
When I am down and, oh my soul, so weary;
When troubles come and my heart burdened be;
Then, I am still and wait here in the silence,
Until you come and sit awhile with me.
You raise me up, so I can stand on mountains;
You raise me up, to walk on stormy seas;
I am strong, when I am on your shoulders;
You raise me up: To more than I can be.
There is no life - no life without its hunger;
Each restless heart beats so imperfectly;
But when you come and I am filled with wonder,
Sometimes, I think I glimpse eternity.
Dia dos Namorados. Mimimimi.
Então eu acho que deveria haver uma gradação pra palavra saudade. Que nem pra palavra amor. Ama-se de tantos jeitos possíveis! Um amigo, um irmão, um filho, um companheiro, uma história, um animal, um sabor. Amamos tudo isso e de diversos jeitos diferentes. Daí eu só posso concluir que também sentimos saudade de muitos e muitos jeitos e que esses jeitos devem ser diferenciados, reconhecidos, justiçados.
Eu tenho saudade da menina que um dia fui. Tenho saudade de alguns amigos que se perderam no meu caminho, de algumas situações que já vivi, de gente que não vejo há muito tempo, de sentimentos que um dia tive. Mas isso é apenas saudade. Do tipo convencional, aquele apertozinho láááá no fundo quando pensamos em algumas coisas. Mas um apertozinho com o qual podemos conviver e do qual muitas vezes nem tomamos conhecimento.
Mas tem um outro tipo de saudade e esse sim merece justiça. Aliás, mereceria um outro nome até, para ser realmente diferenciado. É aquele tipo de sentimento que dói. Dói a ponto de se sentir dor física. A ponto de não se conseguir respirar às vezes, a ponto do mundo inteiro rodar e ficar escuro, a ponto de sentir frio, por fora e por dentro. É uma falta absurda. Que dilacera, que desorienta. Que deixa a gente infeliz.
Sabe, às vezes temos total consciência de algumas coisas. Racionalmente. E aí fazemos listas de prioridades e tentamos nos convencer de conveniências e necessidades. E tentamos, de verdade, todo dia, a todo momento, ignorar o grito surdo que brota de cada inspiração, de cada piscar de olhos, de cada gesto. Tentamos tocar a vida. Mas às vezes acordamos no meio da noite com a certeza de que aquilo é impossível e que não dá mais pra fazer de conta que não dói, simplesmente não conseguimos lidar com aquilo de um jeito "racional" e "razoável".
E nessas horas, por mais que não dê pra apagar a tristeza dos olhos, tentamos sorrir e fazer de conta que estamos bem. E quando nos perguntam o que temos, respondemos modestamente: "ah, é saudade", daquele jeito prosaico. E temos vontade de morrer em seguida, porque calamos mais uma vez o que tinha que ser dito.
sábado, junho 07, 2008
Verborragia
terça-feira, junho 03, 2008
Will I Ever Make It Home?
From the words that I heard I had no choice
They told me I had to turn around
My assurance slowly faded down
And I wonder
Will I ever make it home
Will I ever leave the ground
Leave this place so far behind
The plans that I had were quickly destroyed
The problem was one I couldn't avoid
They welcomed me to stay overnight
I'm too tired to complain so i just might
And I wonder
Will I ever make it home
To the place I recognize
Far from here and where I've been
And all the places that I've been shown
Will I ever make it home
Can they keep me here for good
Where I hardly know a soul
And my fear keeps going on
My weariness keeps growing inside
My patience is starting to subside
And I hope I'll be there soon
It can't be long or I'll fall through
Will I ever make it home
Will I ever leave the ground
Leave this place so far behind
Till there is no turning back
Will I ever make it home
Get to where I wanna be
Find the ones who wait for me
To the place where I belong
Will I ever make it home
Aviso aos navegantes
E não necessariamente um dia bom.
Mas agradeço a lembrança e os cumprimentos. Mesmo.
Abraços.
segunda-feira, junho 02, 2008
Contos da Carochinha Bêbada
(pausa pra risadas)
Bom, tirando a maluquice toda, o que sobra é o seguinte: ele me propôs um desafio. Eu aceitei. E de quebra ainda enfiei a Dehynha e o Eric no meio. E pretendo enfiar mais gente. O fato é que a brincadeira está lançada e promete ser divertidíssima. Criamos o CONTOS DA CAROCHINHA BÊBADA exclusivamente pra contar histórias tortas, mancas e caolhas. E, claro, pro mundo inteiro saber das pirações que acontecem em Liviolândia. Seja lá onde essa porra for.
sexta-feira, maio 30, 2008
Anywhere
Anywhere
Avantasia
Composição: Tobias Sammet
Gabriel:
I remember it was long ago
But when I think of her I fell it grow
Something begs me to come home again
Something I can hardly stand
But I'm to defy, I have to ignore her cry
I don't know what to do, I'm missing you so bad
Waiting for tomorrow, for a little ray of light
Waiting for tomorrow just to see your smile again
Take away my sorrow from a blistered heart of mine
Where are you now if you are there anywhere
Please forgive me for how I decide
But before I can come with rapid strides
Don't expect you'll have to understand
Jakob needs my helping hand
First I have to go one out of two ways
Which both are wrong and I'm to go
So afraid, so ashamed
So deranged - but I know...
Waiting for tomorrow, for a little ray of light
Waiting for tomorrow just to see your smile again
Take away my sorrow from a blistered heart of mine
Where are you now if you are there anywhere
Waiting for tomorrow, for a little ray of light...
I can't wait for you - Are you there - anywhere
quinta-feira, maio 29, 2008
Nó
segunda-feira, maio 26, 2008
O Mundo, o sábio e o leão.
sexta-feira, maio 23, 2008
Pavor
Acho que um pouco deve ter a ver com o meu medo recorrente e indelével de não ser boa o suficiente, em todos os sentidos.
Eu sempre me envolvo com pessoas acima da média, com inteligências notáveis, extremamente competentes e capazes. Porque não dá pra se apaixonar por alguém que não se admire, esse é o pressuposto mais básico e imprescindível. E este fator cria alguns efeitos colaterais muito irritantes, como hesitar em ser expontânea e pensar duas vezes antes de dizer algo por medo de parecer boba. Ou como o medo de que aquela pessoa se dê conta de que você tem grandes limitações, se canse e vá embora. Ou o pânico de não conseguir alcançar o ritmo, de ficar pra trás, de falhar.
Por outro lado, eu fiz um curso superior que me trouxe muito sofrimento e do qual gostei muito poucas vezes. Assim, sempre tive consciência de que as minhas deficiências nesse campo eram grandes. Aí tentei rechaçar essa formação e começar de novo, mas percebi que as malhas jurídicas que me envolviam eram mais fortes do que eu tinha pensado e davam mostras de que não me deixariam em paz nunca, ou pelo menos não tão facilmente, não sem lutar. E foi então que em vez de lutar com essa coisa viscosa, eu resolvi abraçá-la, pra ver se eu me sentia melhor comigo mesma. Deu certo durante um tempinho bem curto, porque mediocridade me apavora, me sufoca, e o simples vislumbre dela me deixa desesperada. E é assim que eu tenho me sentido de uns tempos pra cá. Medíocre. Insuficiente.
As pessoas me dizem que eu preciso de tempo, que preciso caminhar e conseguir as coisas gradativamente. MAS EU NÃO SEI FAZER ISSO! Aí me rasgo procurando uma saída em vão, fico que nem naquelas noites em que a gente levanta da cama no escuro e fica tateando no quarto fechado, desorientada, procurando o interruptor de luz sem achar nada. E dá uma vontade doida de gritar pra alguém parar o mundo que a gente quer descer. E parece passar uma eternidade até que a gente consiga acender a luz.
Ultimamente o que mais tem me angustiado e me ferido é a necessidade de encontrar um rumo, um jeito de construir alguma coisa palpável. Eu preciso estudar, desesperadamente. Mas não sei direito o que, nem como. E quando me ponho a pensar ou discutir com alguém sobre isso, me vem de novo o pavor de não dar conta, de não ser boa o suficiente, de fracassar e ter que me conformar em ser uma "zinha" qualquer.
Ai, caceta, nessas horas nem respirar no saco adianta.
segunda-feira, maio 19, 2008
Dez Tiradas Muito Românticas
2. Mulher é um bicho muito parecido com um ser humano.
3. Vai na frente, amor, gosto de te ver subir a escada.
4. Ô neguinha insolente! Madita Princesa Isabel!
5. Amor, tenho um vídeo ótimo pra te mostrar. Se chama "Pão cu Manteiga".
6. Livinrooom, a revista de literatura e opinião da mulherzinha moderna.
7. Ah, amor, só por que você é uma advogadazinha recém formada e inexperiente?
8. Puxa, preciso comprar açúcar. Vai que a vizinha vem pedir um pouco, né?
9. Na qualidade de macho dominante da relação eu digo: porque sim.
10. Não existe coisa melhor, guardadas as devidas proporções, que coçar a frieira dos dedos do pé esfregando no punho da rede.
Eu ouvi tudo isso, acredite. E tem gente que duvida quando eu falo da Caravana de Putas...
To pensando em inaugurar uma corrente nova. Queria ver uma lista dessas feita pela Gabi, pelo Luke, pela Jo, pela Rach e pelo Júlio...rs...tem dúvida que vai dar merda?
sexta-feira, maio 16, 2008
Paliativo
Nada é mais cansativo do que a necessidade de fugir o dia todo de algo que te alcança quando você pára. E tudo o mais, qualquer coisa, é somente paliativo, serve apenas pra te manter em movimento, sem pensar, só agindo e reagindo. E nada faz mais barulho do que aquilo que deve ser calado e que às vezes precisa ser contido pelos dentes e olhos cerrados, bem apertados. Há coisas que não devem ser ditas. Há coisas que você não devia sentir.
O melhor é engolir ávida e alegremente junto com mais uma dose de paliativo o que veio na ponta da língua e das pupilas.
quinta-feira, maio 15, 2008
Sobre a Caravana de Putas...
Só pode ter sido isso. Deve estar escrito na minha testa: PECADORA MALDITA - FAVOR TORTURAR. E enquanto eu não descubro como apagar o tal letreiro, vou me fodendo bonito.
Veja a de ontem à noite.
Estou eu no meu computador, assistindo a uma edificante aula de Direito Constitucional, quando o amado namorado chama no msn e pergunta se posso falar com ele um momento antes dele dormir. Óbvio que sim! Só precisava trocar de computador, porque o meu está com um probleminha de áudio - o microfone não funciona nem com reza braba. Assim, fui pro outro, liguei e tentei conectar. Nada, senha e/ou usuário inválido. Hein? Comassim? Fui até a sala de televisão.
- Irmão, qual a senha atual da internet?
- "morena34", Irmã.
Volto lá, testo essa senha e nada.
- Irmão, continua dando senha inválida.
- Tenta reiniciar.
Tento reiniciar. Nada.
- Irmão, essa senha tá expirada.
- Claro que não, eu troquei ela outro dia!
- Só pode estar.
- Que nada. Quer ver? Desconecta o outro computador da internet e vê se reconecta.
Por algum motivo, em vez de notar que era uma sugestão "estúpida+2", eu acatei, mais pra provar a ele que ele tava errado do que pra quaquer outra coisa. Só não pensei direito nas conseqüências: eu ficaria sem conexão nos dois computadores. Dito e feito, a senha estava expirada.
- Isso não é possível, eu troquei essa senha outro dia!
- ...
- Bom, agora é ligar no help desk.
- Ta, e qual é o telefone de lá?
- Não sei.
- Como, não sabe, se você ta repetindo que nem uma coisa enguiçada que trocou a senha outro dia?
- Não sei, ué.
- ¬¬
Toca a procurar o telefone. Acho. A porra do número só dá ocupado. Ligo quatro vezes e só ocupado. Enquanto espero, ligo pro namorado explicando a idiotice e peço pra aguardar um pouco enquanto eu consigo outra senha. Ok, ele espera. Ligo de novo e finalmente, o telefone chama no Help Desk e a secretária eletrônica atende:
- Boa noite! Você ligou para o suporte técnico da "empresa Sbrubles"... Mas neste horário já encerramos nossas atividades hoje e nenhum dos atendentes se encontram disponíveis...Por favor, deixe seu nome e telefone que..
- O QUE??????????? COMO ASSIM ENCERRAMOS NOSSAS ATIVIDADES HOJE???? QUE PORCARIA DE SERVIÇO É ESSE?????????
Bati o telefone antes que ficasse uns palavrões gravados na porra da secretária eletrônica. Afinal, eu sou uma moça educada, apesar de tudo. Mas NÃO DAVA pra eu ficar MAIS PUTA, cara, NÃO DAVA. Como diz o outro, "não é que não dê, é QUE NÃO DÁ"!
Onde já se viu uma merda dessas??? Dá vontade de processar a porra da Empresa Sbrubles, porque eu sou uma consumidora ABSURDAMENTE frustrada!!! Eu contratei um serviço de suporte que NÃO ESTÁ FUNCIONANDO QUANDO EU PRECISO!!!! Será que na terra deles, lá, no planeta "Serviço Ruim", alguém já descobriu que serviços dessa natureza são VINTE E QUATRO HORAS???
PUTA QUE PARIU, QUE ÓDIO! Eu juro, que se eu tivesse tempo pra mais alguma coisa e estivesse precisando de mais algum aborrecimento, eu ia entrar com uma ação contra a Empresa Sbrubles. Mas como eu to atolada de coisa pra fazer e totalmente sem saco, fica mais um item no rol "Sobre a Caravana de Putas" mesmo, e chega. A próxima manifestação do carma ruim não vai demorar a acontecer mesmo, eu sei. Pelo menos posts não hão de me faltar. ¬¬
segunda-feira, maio 12, 2008
Dia 12 de maio
Mas se pensarmos em dias com significado, quais seriam eles? O dia em que nascemos, o dia em que nos formamos, o dia em que nos casamos, em que nascem nossos filhos, em que conquistamos grandes sonhos? Claro. Todos esses são dias importantes. Mas, via de regra, esses dias passam anônimos, sem marquinhas no calendário. A não ser no nosso calendário pessoal e nas paredes da nossa memória, onde penduramos os quadros que assinalam as grandes coisas que nos acontecem.
O dia de hoje pra mim merece uma marca e um quadro na minha galeria de coisas importantes. Não que tenha me acontecido nada particularmente bom hoje. Ao contrário, como toda boa segunda feira, o dia está espinhoso e eu respirarei aliviada quando me sentar de novo diante desse computador lá pelas sete da noite. To torcendo pra ele acabar logo.
No entanto, o dia de hoje é um marco importantíssimo na minha vida, na minha história pessoal. Porque no dia de hoje, há 33 anos, nasceu um dos caras mais incríveis que eu já conheci. Uma pessoa cuja entrada na minha vida fez toda a diferença e, suspeito, dada a sua natureza, tenha feito a diferença pra muitas pessoas ao longo desses trinta e três anos. Um cara íntegro, inteligente e corajoso ao extremo. Capaz de arrancar um sorriso nos momentos mais difíceis e de resolver os problemas mais cascudos. Um cara de quem a mãe dele deve morrer de orgulho e de saudade todos os dias. Por minha vez, eu sei que morro.
Feliz aniversário, Fabrício.
sexta-feira, maio 09, 2008
Correndo riscos
Só que hoje vou correr o risco. Tem dias que neguinho se supera e eu tenho que fazer justiça.
Sabe quando você percebe que a pessoa que está do seu lado é diferente dos outros, um homem admirável e um ser humano fantástico? Quando ele é capaz de secar as suas lágrimas pelo telefone, sem te adular, sem te dar sermão, só sendo ele mesmo. Só argumentando e sendo o cara mais amigo do mundo. E de repente, além das lágrimas terem secado, você se pega rindo, fazendo piada, baixando a guarda, confiando. Sentindo de novo uma coragem de viver imensa, se sentindo capaz de tudo. É quando você sabe porque tem medo, mas já retomou o controle. É quando a mão dele e o apoio que ele te dá te impedem de afundar na espiral de pânico. E quando ele tem o condão de te mostrar que nada é tão grave assim e que está do seu lado incondicionalmente. Que ele já sabe das suas neuroses e dos seus medos, mas que não se assusta com eles. Mais ainda, que te ama apesar das suas fraquezas e que faz questão de conhecer tudo a seu respeito, mesmo o que não é muito agradável.
É quando você percebe que acertou. E não se sente mais sozinha ou pequena diante dos desafios, porque quando você duvida de si mesma, ele ri e garante que assim que você superar o medo de dar o primeiro passo, "te segurar vai ser uma merda", e que ele vai ter que correr atrás pra poder te acompanhar.
E ainda é modesto, o miserável. ¬¬
terça-feira, maio 06, 2008
Mal Crônico
Mas, voltando ao assunto. Eu TO feliz. Mas tem uma coisa que some por algum tempo de vez em quando, mas nunca vai embora de vez. Como se dentro de mim houvesse um bicho. Não, não estou grávida, não me refiro ao Alien e nem a uma tênia solitária (ugh! nojento!). Estou falando de uma coisa que ciclicamente vem à tona, não importa qual seja a minha realidade, não importa que eu esteja realmente feliz no resto do tempo.
É, é isso. Dentro de mim mora um bicho. Que vira-e-mexe estraga minhas coisas, me faz desapaixonar das minhas empreitadas - e não das pessoas, não confunda essa declaração com uma possível mudança na perfeição irritante da minha vida amorosa neste momento - perder a paciência com as pessoas e ficar ainda mais introspectiva durante algum tempo. Também faz as noites ficarem mais frias e mais vazias do que são de verdade, e faz a vidraça embaçar com um misto de respiração e tristeza. Uma tristeza fininha, sem motivo definido, mas que não deixa de colocar um travo na garganta e um suspiro fundo e intermitente grudado no peito que nem catarro (é, hoje estou dada a nojeiras).
Quem me conhece sabe que sou capaz de ficar eufórica e deslumbrada que nem criança. E também sabe que eu vou da crista da onda ao fundo do vale num piscar de olhos. O negócio é que eu preciso constantemente de desafios novos, ou perco o interesse. Se bem que eu acabei de me dar conta de uma coisa: não bastam os desafios, eu preciso é de estímulos, que me instiguem a fazer algo, mas que me proporcionem recompensas, também.
Às vezes dá uma vontade danada de parar de brincar. Sabe, que nem criança? Apelar, pegar a bola, colocar de baixo do braço, chamar todo mundo de "feio, bobo, chato e fedido" e ir embora pra minha casa, com a certeza de que eu estraguei a brincadeira de todo mundo, ou pelo menos, criei um impasse grande o bastante até arrumarem alguém que tenha uma bola pra emprestar e colocarem no meu lugar.
Puxa, vida, tem horas que eu só quero ir pra casa. Onde eu posso chutar longe aqueles sapatos doloridos que fizeram uma bolha no meu pé, tomar um banho quente e me esticar na cama, sem precisar acertar relógio nenhum pra tocar amanhã cedo. Mas isso nem existe, eu não mereço tanto. Ou talvez isso fique em Pasárgada, o que é bom, porque na cama onde eu vou me esticar estará o homem que escolhi, lendo um livro cheio de cientistas e canibais e dando risada de vez em quando.
O mais chato de tudo isso é que quando o bicho se manifesta, trazendo consigo essa sensação de saco-cheio, frustração, solidão, tristeza e saudade, tudo junto e misturado, eu me conheço: não tem nada que dê jeito. A não ser os braços do ogro amado, é claro. Mas como não dá, melhor eu ir pra cama. Porque nesses dias eu fico chata pra caralho.
sábado, maio 03, 2008
Demarcando o território
sexta-feira, abril 25, 2008
Juízo nenhum
Ok, ok, é mentira, tá? Eu confesso, é mentira! Pronto, satisfeitos? Droga, não posso mentir mais nem no meu próprio blog! Por que vocês não me deixam em paz, hein? Ficam aí, nesse silêncio acusador, como se dissessem "tá, conta outra" com a cara mais cínica do mundo. Seus...seus... malditos leitores!
(inspira...expira...inspiiiiira...expiiiiira...)
Certo, passou o surto. Desculpem o ataque, deve ser a medicação... Hein? Qual medicação? Ah, é, eu ainda não contei.
No sábado passado meu dente do ciso do lado esquerdo superior começou a doer. Ta, isso é normal, eu nem me alarmei. Afinal, venho tolerando a dorzinha deles nascendo não é de hoje, com toda paciência do mundo. Até conversar com eles eu conversava, pra aliviar a dor. O lance é que de jeito nenhum eu ia me submeter à violência de me arrancarem dentes da boca que não davam mostras de quererem sair de livre e expontânea vontade. Aliás, eu já me sentia vilipendiada quando os meus dentes amoleciam e eu era obrigada a arrancá-los, mesmo a contragosto.
Aí o dente começou a doer. Eu ignorei, pensando: "logo isso passa". Ah, quem dera. Ele se revoltou, dessa vez. Foi ficando inflamado, a dor se alastrou para o céu e os cantos da boca, logo eu já nem podia sorrir direito sem fazer careta. Amanheci na segunda feira enlouquecida, corri pra farmácia e pedi um antiinflamatório e um analgésico poderosos. Na saída do caixa - ah, essa eu tenho que contar - quando eu me apresentei pra pagar, o rapazinho se virou pra mim, muuuito educado:
- Olá, bom dia, tudo bom com você?
- Sim, tudo bem. - meio segundo depois comecei a rir e emendei - Se bem que é meio estranho você perguntar a alguém na fila da farmácia carregando remédios pra dor se está tudo bem!
O mocinho corou, gaguejou e acabou rindo junto comigo.
- Desculpe.
- Ah, que nada, eu to só brincando... - Tadinho dele, tão educadinho! Aliás, como todos naquela cidade, ainda escrevo sobre isso outra hora.
De posse dos remédios, me entupi com eles e me senti melhor. Deu pra segurar a onda até o dia seguinte, quando até parecia que a inflamação ia mesmo embora e eu estaria salva pelo gongo. Rá. Ledo engano. Cheguei em casa na quarta à tarde abatida de tanta dor. Na quinta, acordei e liguei no trabalho, avisando que não ia dar pra aparecer. Marquei com o dentista e lá fui eu.
Ele chegou, fuçou na minha boca com aquelas mãozonas cheias de dedos dele - porque essa raça maldita tem dedos tão grandes, hein??? - e disse que o jeito era arrancar. Assim, na lata, sem nem pedir meu telefone ou convidar pra jantar antes. E pra piorar, ele não queria arrancar só o inflamado, queria tirar tudo. Como se pelo fato de eu ter deitado inocentemente na cadeira dele, ele pudesse abusar de mim daquele jeito! Humpf.
Mas o dentista era bom no quesito convencimento. Pintou de tal forma a coisa, que eu quase mandei começar ali mesmo. No entanto, tinha aquela questão, né? Um? Dois? Quatro? Pessoas, o dilema foi grande. Eu nunca tinha ouvido ninguém contar que tinha tirado os quatro dentes de uma vez, eram sempre dois e dois, em duas prestações. Mas também já tinha ouvido gente dizer que tinha tirado um ou dois e nunca mais tinha criado coragem de voltar pra arrancar o resto.
Além disso, eu sou fraca pra dor, gente. Isso é fato, pode colocar nas "coisas sobre a Lívia que você sempre quis saber, mas nunca teve coragem de perguntar". Tenho medo de agulha - por isso nunca fiz minha tatuagem, tenho medo de faca, tenho medo de parto - cesariana, lógico, parto normal é inconcebível, nunca, nem fodendo. E tenho medo de dentista. Merda.
De repente eu me dei conta que ou era ali, naquela hora, ou era nunca mais. Eu me conheço. NUNCA voltaria pra fazer os outros dois dentes de arrancasse só dois ontem. Mas antes de eu me pronunciar quanto à dura decisão, o dentista argumentou:
- Imagine que você quebrou os quatro dedos da mão. Estão quebrados, não tem nada pra ser feito quanto a isso, a não ser consertar. Você por acaso vai endireitar dois, passar pelo pós operatório desses dois, pra depois arrumar os outros dois e passar DE NOVO pelo pós operatório?
Ok, doutor, eu me rendo. Vamos lá, se é pra consentir no estupro, por que não incluir um pouco de areia, né?
Ele me deu uma lista enorme de remédios pra comprar. Antiinflamatório, antibiótico, analgésico, antiséptico bucal. Marcamos pra depois do almoço. Ele disse que era melhor eu comer antes da cirurgia. E confesso, pessoas, na hora não entendi bem por que. Pensei que podia ser por causa da anestesia, da medicação. Vim descobrir hoje, do jeito mais duro possível, que era pra eu ME DESPEDIR DE COMIDA SÓLIDA, QUENTINHA E CHEIROSA, porque agora sei lá quando eu vou ver isso de novo. Aliás, to enojada de sorvete já. E de vitamina. E de suco. (aqui eu poderia dar um grito, não fosse a impossibilidade de abrir a boca).
Cheguei pra cirurgia, meia hora antes como recomendado. A assistente do dentista me deu um "remedinho pra ansiedade". Olhei dentro do copinho e tinha um comprimido branco redondo e um outro, verde, partido ao meio. Com certeza aquele ali era o melhor, que mulher mais muquirana. Deu vontade de dizer: "dá a outra metade do meu comprimido, aí, faz favor?". Ora bolas. Bem, tomei o que ela me deu e mais um de cada caixa que o dentista mandou eu comprar. Sentei e esperei aquele coquetel fazer efeito.
O dentista apareceu e aí foi tudo muito rápido. De repente eu tava deitada na cadeira sob uma luz obscena me cegando com os cabelos dentro de uma touquinha. A assistente me deu uma toalha de papel que, ingenuamente, eu pensei que seria pra enxugar alguma baba. Mas eles forraram em cima de mim um tecido azul, que deixou só o meu rosto de fora. Ali eu comecei a sentir a claustrofobia dando sinal. "Calma, Lívia", pensei. Pra me distrair, voltei a pensar no lencinho. Se não era pra baba, era pro que, então? Pra ter o que segurar e apertar na hora do sufoco? Acho que um pouco era por isso sim. Mas eu achei uma utilidade pra ele mais tarde - enxugar as lágrimas.
Eles começaram. Veio a seringa, imeeensa. (Aqui, pausa: adicionem ali na lista de coisas das quais eu tenho medo as injeções e seringas de todos os tipos. Mesmo a que tava cheia de soro, só pra lavar o sangue do dente, me apavorava). Cara, eu ODEIO anestesia na gengiva. ODEIO. Aquilo dá uma vontade de morrer, é a mesma coisa da piada: "qual o cúmulo da agonia? - uma velha desdentada mastigando uma gilete". NÃO DÁ. E o que mais me mata de ódio é o tom que o feladaputa fala com a gente naquela hora. "É só uma picadinha, não vai doer nada..." PICADINHA INDOLOR SÓ SE FOR NO CU DELE!!!!!
Dada a injeção, ele ACHOU que podia começar a carnificina. Bem que ele queria. Precisei de QUATRO injeções EM CADA DENTE pra ele poder mexer. E o desgraçado perguntava: "tem certeza que ta doendo mesmo? você não tá só sentindo eu mexer no dente?". Ah, não, cara. Teve uma hora que eu perdi a fleuma com ele. Quando ele perguntou essa pela terceira vez, eu fiz um sinal pra assistente tirar aquela porra daquele sugador da minha boca e falei, do jeito que dava: "EU DISSE QUE ESTÁ DOENDO. O senhor me desculpe, mas mesmo deitada aqui eu ainda sei diferenciar DOR de SENSIBILIDADE".
Ele ficou meio desconsertado e se empertigou todo. A assistente, talvez vindo em socorro do dentista, tacou a porra do sugador de novo na minha boca. Cara, devia ter teste de habilidade específica pra assistentes de dentista. Depois da seleção elas até poderiam não ser tão boas, mas pelo menos não manejariam os instrumentos como se tivessem Parkinson, esbarrando nos dentes que não tinham nada a ver com a coisa e grudando o sugador na pele da minha boca. Ai, que ódio.
Eu chorei, cara. Confesso. "Ah, mas não doeu, você estava anestesiada". Ah, é? Pra ficar anestesiada foram 16 agulhadas de injeção na gengiva. Isso porque eu ainda não falei da broca. Velho, na boa. Quando o miserável do dentista enfiava aquela merda zunindo dentro da minha boca, era como se ele estivesse polindo a minha cabeça com um esmeril. Ressoava. Não dá pra descrever o desespero. Muitas vezes eu tremi, tive taquicardia, o choro anuviou minhas vias respiratórias e me deu falta de ar. Perdi as contas de quantas vezes eu implorei pra Deus praquilo acabar logo e teve uma hora que segurei a custo o impulso de começar a gritar com aqueles dois, empurrar tudo longe e sair correndo.
Fiquei ali deitada pensando que aquilo era mesmo um estupro. Invasivo, violento, aviltante. Minhas forças foram acabando. As lágrimas escorriam já sem provocar nenhum soluço, os olhos semi-cerrados, incapaz de manter as pálbebras totalmente abertas. A boca ia se fechando sem eu ver, mesmo com o retrator de metal escancarando a pele, machucando ainda mais. Eu tava louca pra urinar, ia explodir a qualquer minuto. E pra piorar, eu tinha que ouvir coisas como:
- Abre grandão agora, Lívia! - a idiota da assistente.
- Abre a boca. Abre mais. Mais um pouco. Parece que você ta meio cansada aí, né? - o imbecil do dentista.
Acabou. Ele me fez recomendações que estão meio nebulosas agora. Gelo. Gaze. Líquido. Sólido. Quente. Repouso. Atestado. Remédio.
Quando a minha mãe chegou pra me pegar, ela comentou sobre o pós operatório do meu irmão, que rolou hemorragia. O dentista parou, pensou um segundo e pediu pra assistente olhar no carro dele se tinha um remédio Y lá. Ela foi e não achou nada. Ele mesmo foi olhar e demorou um pouco. Tinha ido na farmácia. Me deu o comprimido e mandou eu tomar ali, naquela hora. A língua, semi morta pela anestesia, não colaborava, eu quase sufoquei duas vezes e me afoguei com a água. Mas acabou descendo. Mamis me levou pra casa, eu deitei no sofá e apaguei. Acordei meia hora antes de vencer o efeito do analgésico, uivando de dor.
Agora, eu to aqui com a cara do Kiko do Chaves misturado com o Quasímodo. De molho, mas já tive que trabalhar. Descobri que esse negócio de sorvete é superestimado, que a minha avó faz doce de leite de pedaço nos momentos mais impróprios, que a comida da minha mãe é intoleravelmente cheirosa. Mas pelo menos o sangue ta estancado e eu to levando mais ou menos com o analgésico, meu melhor amigo.
Mas o pior é: eu to mais manhosa que homem gripado. Pode isso?
quarta-feira, abril 23, 2008
Noventa e cinco horas
Um dia, do nada, você conhece alguém que parece nada demais e nem há motivos pra pensar que alguma coisa possa acontecer apenas pelo fato de ter conhecido esta pessoa. Você não pensa muito nisso, tem coisas mais absorventes pra se preocupar. E é quando o tal cidadão que você conheceu daquele jeito despretensioso começa a se mostrar, colocando alegre e inocentemente as asinhas de fora. Você se surpreende, se pega pensando nisso mais vezes do que gostaria e se sentindo mais atraída do que poderia esperar. E então você pára, coça a cabeça e diz a si mesma que não é uma boa idéia, que é melhor deixar isso pra lá. Mas a importância daquilo cresce, diretamente proporcional à inconveniência da situação. E você se dá conta de que está apaixonada.
Até aí, nada muito inédito. Afinal, a maioria das paixões é mesmo uma idéia muito ruim a princípio e poucas batem no primeiro contato. Via de regra, elas chegam de repente, se instalam devagarinho e puxam o seu tapete, acredite.
Mas a partir daí é que a coisa começa a se individualizar. Algumas paixões se mantém platônicas, outras não são correspondidas e redundam num "você está confundindo as coisas", noutras você se joga de cabeça e vive momentos realmente únicos. Aí, nova ramificação. Umas ficam nesse encanto inicial por um tempo, perdem a graça e morrem. Outras evoluem e se transformam em algo maior.
Os primeiros dias são aquela coisa, né? Suspiros, olhos brilhando, sorrisos incontidos, dedos entrelaçados, palavras doces, tesão incontrolável, sacanagem e romantismo mesclados em proporções perfeitas, brincadeiras, enlevo, descobertas. Aí, quando finalmente você consegue desgrudar um pouco, apresenta pros amigos. Nesse ponto, algumas paixões acabam, porque você descobre que ele é chato ou que não entende a piada e banca o bobo ou que é rude e te passa vergonha. Mas nem todos. Alguns se mostram brilhantes e adoráveis e te fazem pensar que você ta coberta de razão em gostar daquele homem.
Aí, por um acidente - afinal, você não queria apresentar sua mãe pra ele, ainda mais tão rápido assim - ele acaba conhecendo a sua família. E, em vez de ser uma tragédia, que nem seria com a maioria, ele tira de letra a saia justa e ainda deixa todo mundo babando por ele. Aí você começa a pensar se aquilo é pegadinha e passa a procurar o Sérgio Malandro enquanto anda na rua. Não dá pra ser aquilo tudo, gente, tem algo errado nessa história! Mas você manda o senso crítico às favas e está de quatro. Se melhorar estraga, você tem certeza disso. E aí faz o que? Vai passar o feriado prolongado com ele.
Noventa e cinco horas. Dormindo e acordando junto. Bastidores, supermercado, lençóis, cinema, refeições, teatro, passeios de mãos dadas, diálogos hilários, jantar com amigos, papos sérios, planos, brincadeiras, suor, saliva, secreção. Uma overdose.
E você descobre que é aquilo mesmo e mais ainda: é de verdade. Real, palpável, de carne e osso. E que gosta dele mais do que nunca.