segunda-feira, outubro 25, 2010

Sobre manias e raios vindos do céu

Primeira coisa: eu odeio textos cujo título começam com "Sobre sei lá o que". Por exemplo, Sobre Meninos e Lobos. Dizem que é um filmão, mas eu nunca consegui assistir, de pura aversão pelo nome. Outro: tinha uma mulher megachata no Multiply (aliás, ela ainda deve estar lá, eu é que sumi) que sempre publicava textos assim. Sobre sarampo e catapora. Sobre mau hálito e joanete. Sobre solidão e internet. Sobre Paulo Coelho e Agatha Christie. Sobre filhos e depressão pós parto. ARRE! Claro que eu deletei a filustreca em dois tempos. Menino, não dá pra descrever minha antipatia por esse troço. E por gente que usa isso, óficórsi. Mas como este é um texto de ressurreição (ou pelo menos esta é a intenção), resolvi me autoflagelar com este silício pra ver se sai algo que preste.

Então.

Eu nem quero falar muito sobre manias - por isso odeio esses textos que delimitam o tema logo de cara, que nem redação de vestibular - porque isso inclui fazer declarações óbvias como "todo mundo tem manias" ou "manias são coisas que a gente faz sem perceber" ou, outras menos óbvias como "as minhas manias beiram o TOC", mais ainda assim, todas muito indesejáveis. Ok, meu problema com manias - alheias, claro - é quando elas começam a me afetar. Veja bem, eu tenho manias chatas como cutucar a cutícula dos dedos da mão, não deixar o telefone tocar mais que duas vezes (porque mais do que isso a Terra explode, eu tenho certeza) e lavar as mãos com sabão por volta de quatro horas da tarde (senão eu entro em combustão espontânea, de acordo com as leis da física). São esquisitices, eu sei, mas não incomodam ninguém.

Quer saber de manias que incomodam?

O cachorro lulu do meu vizinho UIVA toda vez que, descendo a escada, passa pela porta do meu apartamento. Uma mulher que eu conheço fala "E aí, CHIQUE?" toda vez que te encontra, em vez de perguntar se está tudo bem. Minha mãe (e minhas tias) falam "quando é fé" quando contam um fato ocorrido. Meu pai (e o Fabrício) muda de canal que nem um possuído quando entra o intervalo daquele seriado importantíssimo (leia-se algo do naipe de Grey's Anatomy).

Mas tem coisa MUITO PIOR e hoje eu to com uma sanha assassina. A funcionária daqui de casa tem TODAS as manias que eu mais abomino no mundo. Ela me chama de "Lívia, minha filha", começa toda frase que me dirige dizendo "Desculpa perguntar" e "Que mal te pergunte" e, a pièce de resistance (to chic, benhê), ela suspira de trinta em trinta segundos e murmura "AI, SENHOR", que nem uma condenada à morte. E nem pense você que ela lava roupa prum batalhão na beira do rio ou que cria sete filhos (que nem a minha avó), ela simplesmente tem MANIA de gemer o tempo inteiro. PODE UMA COISA DESSAS???

Cara, hoje eu estive à beira de arrancar o fio do ferro de passar e dar uma surra nela. Já visualizei cinquenta mil jeitos de pular em cima dela e fazer ela calar a boca ou dizer como o meu pai dizia pra nós quando crianças (e fazíamos birra): "ah, você quer chorar? vem cá então que eu vou te dar um motivo pra chorar".

Motivo justo para gemer. Menos que isso, não.


E olha, people, eu APOSTO que o "SENHOR" tem pensado SERIAMENTE em mirar bem aqui na minha sala enquanto ela faz de conta que tira o pó de cima do rack, e jogar um raio a la Cavaleiros do Zodíaco no meio da cabeça dela pra ver se consegue ALGUM sossego nessa droga de vida.


PS: notem que uns meses afastada do blogue transforma qualquer mulher numa ranzinza de coração preto, peludo e espinhento. TO DE VOLTA!!! Beijos!

segunda-feira, outubro 11, 2010

A que ponto chegamos

- Fabrício, você ouviu esse barulho?
- Que barulho, Morena?
- Um barulho estranho, veio aí da cozinha...um som seco.
- Ah, mulher, estranho coisa nenhuma! Vai dizer que nunca ouviu um pum?
- O.o

terça-feira, outubro 05, 2010

Escarro eleitoral

"Você sabe o que faz um governador?

Eu também não sei, mas vote em mim que meu marido sabe".

Weslian Roriz,

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A Tiririca Candanga

Que vergonha, meu Deus.