quinta-feira, setembro 27, 2007

Observações vestibulísticas

Hey, pessoas!

Primeiramente, pra quem andou perguntando, eu to prestando Comunicação Social (com habilitação em editoria), que já ta mais que na hora de eu mudar oficialmente de área e não ficar apenas suspirando pela mudança.

Segundamente, tenho alguns comentários a fazer:

1. Minhas antipatias germânica e norte americana aumentaram 500% depois dos últimos dias de estudo.

2. Incrível como estudar história é algo cinematográfico - ta bom, eu não sirvo de base, quando me mandam "pensar numa luz" nalgum exercício de meditação, eu imagino a luz sim, na ponta do dedo do ET. Mas, tirando o meu semi-autismo, impresionante como eu vou lendo, lendo e vão se sucedendo na minha cabeça o Rambo amarrando a faixa vermelha (ridícula) na cabeça, o Jude Law atirando na cabeça do Ed Harris (soviético X alemão) em Círculo de Fogo, o George Berger marchando com o exército americano rumo ao Vietnã e Let The Sunshine In em Hair, o Indiana Jones vestido de explorador com aquela roupinha tão ridícula quanto a faixa do Rambo, coordenando os trabalhadores hindus. Caaaaaaaara, a minha vida sempre esteve lotada de referências históricas e eu nunca me dei conta! Até o abominável Pearl Harbor das Neves, que eu FIZ QUESTÃO de nunca ver, me veio na cabeça, com as parcas chamadas que eu assisti!

3. Sabiam que os grandes nomes da literatura lusitana e brasileira eram todos bacharéis em Direito??? ahahahahahaha...que horror! Aliás, pasme: até o GANDHI ERA ADVOGADO!!! Affe, carambolas atômicas, esse mundo é torto demais!

4. Em 1956 Guimarães Rosa lançou o Grande Sertão Veredas, certo? Certo. Uma grande obra prima, inovações linguísticas, etc etc etc. O que eu não sabia e me pergunto se alguém já reparou nisso, é que no mesmo ano de 1956, Albert Camus publicou A QUEDA, um livro em que o interlocutor narra a história de sua vida e suas idéias em primeira pessoa, entabulando um diálogo com um interlocutor oculto, que não participa da história - só sabemos dele pelas referências que o narrador faz à ele e pelas perguntas subentendidas no texto. E o que tem isso? Tem que o Grande Sertão Veredas emprega EXATAMENTE o mesmo sistema narrativo, que até então era inédito. Explicação? Ah, o anjo da guarda do Camus e o do Guimarães Rosa deviam ser "mó trutas" e frequentar as mesmas festas, daí acabaram inspirando nos caras, na mesma época, a mesma idéia genial. (...) De quem será que o meu anjo da guarda é "mano", hein? (surta e toma remédio)

5. Acabou o intervalo de cinco minutos, volto agora para o meu quarto e os meus livros...ah, tem mais uma piada boa. Já viram um episódio de Seinfeld (referências, referências!!) em que o Geroge leva um livro gigante de arte pro banheiro numa livraria pra dar uma cagada, e na volta o livro ta marcado como "livro da bunda" pelos funcionários e ele tem que comprar o livro, caríssimo?? Alguém quer comprar as minhas 214.256 apostilas? Eu vendo baratinho. (heh)

6. Um beijo pra minha mãe, pro meu pai e pra um alguém, e esse alguém sabe quem... (não, não fiquei doida, vai ouvir Pedra Letícia, vai... O Meu Sangue Ferve Por Vocêeee!...Olé!)


PS acrescentado depois de uma leitura do acima redigido: nossa, alguém me interne e me esterilize pra num passar pra frente essa desgraça. ¬¬

quarta-feira, setembro 12, 2007

Vestibular

Cara, nem acredito que sou eu. Se me contassem há algum tempo que aos vinte e quatro anos e o saco cheio de uma faculdade eu estaria ralando a bunda na cadeira pra prestar vestibular de novo, eu juraria que era piada.

Mas é fato. Eu, que até poucos dias estava às voltas com impostos e licitações, cá estou lendo sobre Revolução Francesa, Reino Monera, operações com potências, movimento circular, ligações covalentes, Romantismo, bacias hidrográficas, etc e tal.

Se por um lado biologia me dá sono e matemática me dá uma surra - afinal, advogado só sabe calcular 10% e 20%, que é o honorário, ora bolas! - estou amando estudar História e Literatura. Interessante como faz diferença o olhar do adolescente pro olhar do adulto quando se trata de aprender as coisas...naquela época - 15, 16, 17 - as coisas nos eram impingidas, por mais senso crítico que lutássemos pra desenvolver. E agora, tendo contato de novo com coisas deixadas há muito tempo, os pensamentos que me vêm à mente são cheios de contexto, claros, lógicos.

Engraçado, hoje eu até mesmo ouvi a voz de um professor de História que eu tive no colegial, perdida nos recônditos bifurcados (aqui uma expressão pra não aparecer nunca em nenhuma busca do google!...ahahahaha) da minha memória, recitando os filósofos do Iluminismo...nossa, que coisa espantosa, a nitidez com que ouvi. Acho que isso é sinal de que eu to ficando velha...os fantasmas já estão me visitando de corpo presente!! ahahahahahaha

Então até logo. No próximo post eu já estarei neurótica. Aqui jaz, etc etc etc.