sábado, setembro 25, 2010

Audácia

Hoje de manhã tocou o telefone do Fabrício...espera, contextualizando. Sábado aqui em casa é dia de dormir até pelo menos nove horas, dia sagrado, sabe? Dia de desforra, tipo: "GRAÇAS A DEUS HOJE NÃO TEM NADA ME ESPERAAAAANDO!!!". Então, sempre que um espírito de porco liga aqui por volta dessa hora, nós atendemos um pouco ressentidos - a menos que sejam os pais da gente, afinal, pai e mãe sempre têm prioridade no telefone e só não são atendidos em duas ocasiões: quando ligam no meio do cocô número dois ou do sexo.

E hoje calhou do espírito de porco ser uma garota do seguro do Banco do Brasil. Nossa, o Fabrício ficou puto. E continuou puto quando uma hora depois elas ligaram de novo, mesmo depois dele ter dito que era pra ligar durante a semana. Aí ele pediu pra eu atender, mas a ligação caiu depois que eu falei "alô" duas vezes.

Pouco depois, ele estava trabalhando e ligou o Marcus, de quem eu já falei aqui, e ele pediu pra eu atender pra não interromper a linha de raciocínio. Atendi e de novo a linha caiu depois que eu falei "alô" duas vezes.

- Fabrício! Estou ficando complexada, ninguém está querendo falar comigo hoje!
- De novo?
- De novo! Eu falei "alô", "alô" e nada!
- Tem certeza que você colocou o telefone no ouvido certo??
- ...
- Ai, Morena! Ai! Moreeeeena!!! Ai, ai, aaaai!!!!

quinta-feira, setembro 09, 2010

Fabricices

Sabe, às vezes eu fico me perguntando se o Fabrício fugiu de algum filme do Adam Sandler. Cara, não dá, ninguém é tão naturalmente besta-safado-maluco-adorável desse jeito. TEM que ser roteiro.

Sexta passada, ele chegou puto do trabalho. P U T O D O I N F E R N O. E X P L O D I N D O D E N T R O D A S C A L Ç A S. Opa, isso pareceu coisa boa, né? (heh) Mas não foi. Tava chateado o bichinho, e isso é raro. Botei no colo, ouvi, consolei, fiz cafuné no cabelo. Por fim ele suspirou, me abraçou apertado e murmurou:

- Só com você eu posso desabafar...

- Ô, meu amor...estou aqui pra isso... Aliás, vou até começar a reclamar menos pra você poder reclamar mais, tá?

- É?

- É... afinal, o objetivo no nosso relacionamento é atingir um ponto de equilíbrio, né?

- Sei...e você vai ficar quantos anos sem reclamar pra gente atingir esse tal ponto de equilíbrio?

- FABRÍCIOOOO!!!


Outra. Hoje ele estava pesquisando programas de doutorado.

- Morena, que tal passar um ano no Canadá?
- Sei não. Muito frio, muito longe, meu inglês anda uma droga e o francês é praticamente inexistente.
- Ta... então que tal... Alemanha?
- Pirou?
- É. Muito mais frio até do que EU posso aguentar.
- Sem contar que alemão é uma língua do demônio falada por pessoas que só conhecem consoantes...
- Ok...então que tal a Turquia?
- Turquia??? Mas o que você...?? Turquia???
- Ué, qual o espanto? A Turquia é show...se der tudo errado eu vendo você pra fazer uma grana...
- E acha que eu to valendo bem no mercado turco?
- Ah, sei lá, pelo menos uns dois camelos eu acho que rende...
- ... (soc pow tum!)