quarta-feira, junho 27, 2007

Errata

Eu estava muito bem hoje. Mas nada que a minha terapeuta não consiga resolver. Sabe o que é uma mulher te destruir com a voz pausada e doce a ponto de você sair de dentro do consultório e sentar num meio fio no caminho pra casa pra evitar ser atropelada porque estava chorando demais? E chegar a pedir ajuda pra última pessoa que devia pedir, por uma mesagem no celular devidamente ignorada?

Ah, cara. Nessas horas é que Zeus devia existir. E me fulminar com raio pra acabar logo com isso.

Hoje

eu estou melhor. Acordei de bom humor. Passou a sensação de ultraje, de vergonha, de mágoa profunda. Hoje eu consigo sentir carinho de novo. E saudade.

segunda-feira, junho 25, 2007

Fantasia

Essa é uma história que poderia começar de diversas maneiras. Poderia mesmo ter diversos finais e até mesmo vários enredos diferentes. Mas, ao contrário dos contos de fadas, essa é uma história contemporânea e as boas hitórias contemporâneas têm finais tenebrosos, porque os finais felizes são exclusividade de comédias românticas.

VERSÃO I

Era uma vez uma menina que foi amaldiçoada quando nasceu. Uma bruxa, despeitada por não ter sido convidada a conhecer o bebê apareceu de surpresa e jogou-lhe um feitiço, asseverando que a menina nunca teria um relacionamento duradouro porque nunca seria capaz de se entregar inteiramente. Os pais, aflitos, chamaram a madrinha da menina, que pouco pôde fazer. Apenas lançou um outro encantamento pra que ela pudesse sim, amar intensamente, o que não adiantava muito. Os pais procuraram afastar da menina todo e qualquer moço dotado de qualidades que pudessem interessá-la. Trataram também de enchê-la de afazeres pra que não tivesse tempo de pensar em rapazes. Inglês, informática, natação, guitarra e teatro. Mas nem todos os esforços do mundo poderiam manter um coração fértil e ardente isolado das paixões, e a menina se encantou por um rapaz. Mas não deu certo, e conheceu outro. E outro, outro e mais outro. E nada dava certo. Os pais, então, fecharam-na dentro de casa e deram-lhe a internet pra se entreter. E foi quando o que era ruim ficou pior, a menina ficou tanto tempo sozinha que se esqueceu de como conversar e interagir com outras pessoas e virou uma samambaia. FIM.


VERSÃO II

Era uma vez uma menina que não gostava de ser menina. Ela queria ser adulta, queria ser dona do próprio nariz. Era caprichosa, intensa e segura de si e deixava-a mortificada ter que ser menina. Então, numa noite fria, uma fada atendeu-lhe o pedido repetido mudamente: a transformou numa mulher, com corpo e mente de adulta e alma de menina. A menina exultou e se lançou à vida com a sofreguidão que lhe era peculiar. Tudo era brinquedo novo, a excitação não tinha fim. Mas ela não conhecia o medo e a cautela, e acabou se ferindo gravemente num dos brinquedos, que a atirou de uma grande altura, matando-a antes que a fada pudesse salvá-la. FIM.


VERSÃO III

Era uma vez uma garota que pulava de cabeça em cada paixão, mas saía do encantamento muito antes do outro e sempre deixava corações partidos e amantes inconformados pra trás. A não ser por duas vezes, em que encontrou pela frente adversários mais duros que ela. Um que não se deixou envolver a despeito da paixão da garota e outro que se desencantava ainda mais rápido que ela mesma. Da primeira vez ela chorou muito. Da segunda, de um tanto que nem sabia que era possível. Aliás, chorou tanto que morreu derretida. FIM.


VERSÃO IV

Era uma vez uma mulher dramática que levou um fora e fez um boneco de vodu. (crise de riso) Não, essa história não dá pra terminar.


VERSÃO V

Era uma vez uma menina inteligente, que se tornou escritora, conheceu alguém capaz de enxergá-la de verdade que quis dividir a vida com ela, ganhou um gato e nunca mais se sentiu sozinha. FIM.

Ok, essa última pode ser uma comédia romântica. ¬¬

sexta-feira, junho 22, 2007

Esperança

É tão difícil desistir de planos e sonhos muito acalentados! Tão difícil reconhecer que as coisas não são como gostaríamos, reconhecer que deu tudo errado, perder a esperança de que as coisas se ajeitem! Eu não estou conseguindo fazer isso.

Engraçado, de repente me sinto capaz de novo. Capaz de trabalhar, de escrever, de fazer o que eu quiser profissionalmente falando. Mas devo reconhecer que a minha auto estima pessoal está se arrastando. Porque não importa o que eu faça, não parece ser interessante o suficiente.

A Lívia (minha terapeuta) me disse que a gente aprende que os planos muitas vezes precisam ser refeitos, porque mesmo que a casa idealizada seja linda, pode não ser possível construí-la num determinado terreno. Que o projeto precisa ser guardado, pois amanhã eu posso encontrar um outro terreno com solo mais sólido que me permita desarquivar o projeto.

O duro é que a esperança se recusa a morrer, é pior que o Jason. O meu medo é que eu morra antes dela...rs


Facho de Esperança - Mestre Marçal

terça-feira, junho 19, 2007

Projeto Novo

Vão me perguntar (como já perguntaram): você não cansa? E eu digo: o que me cansa, me mata na verdade, é não inventar coisas novas, é deixar as mil vozes que se agitam na minha cabeça se calarem, é deixar de lado as invencionices que me ocorrem. Portanto, sim, projeto novo. O que não significa que abandonarei nenhum outro.

Também poderão me perguntar: você não acabou de tirar carteira da OAB, criatura? Não tá ocupada, não tem nada melhor pra fazer? Bom, sim, eu acabei de passar na OAB. E, por incrível que pareça, isso me fez sentir muito bem. Porque daqui pra frente não tem nada NECESSÁRIO pra eu fazer. Só faço se eu quiser, se eu escolher. E eu já resolvi. Pô, é um alívio. Quanto a não ter nada MELHOR pra fazer, a resposta é: SIM. Embora advogar não seja nada melhor, tem OUTRO projeto rolando, mas desse não vou falar por enquanto. E ainda tem o Liviruim (ahahahahhahah) que está em reformulação pra voltar ao ar. Ou seja: ocupação pra minha cabeça não falta. E quem quiser ver o Livinrooom de volta, mande um email indignado pro zander porque é este cidadão que está me enrolando e atrasando o relançamento.

Bom, mas indo ao que interessa. Inaugurei hoje




Trata-se de um projeto conjunto com o amigo e parceiro de trabalho Conrad Rose. Partindo da seguinte preposição: Relacionamentos são coisa de gente louca. Só louco pra dividir a vida com um outro esquisito e querer que saia coisa boa. E insistir. E achar alguma graça em brigar. Em estar sozinho acompanhado. Em viver atormentado.

No Ringue a idéia é começar nas luvas de pelica e acabar nas de boxe - quiçá nos pedaços de pau, mordidas e delegacia (risos). Mas nunca na indiferença, porque isso sim é o fim.

É pra ser divertido. E talvez até terapêutico!

Espero que gostem.

Ah, eu quero manda um beijo pra minha mãe, pro meu pai e pra você.

sexta-feira, junho 15, 2007

Música de hoje

DIGITAIS - Isabella Taviani



Imagem: Dri Polacco.


Eu tava aqui tentando não pensar no seu sorriso
Mas me peguei sonhando com sua voz ao pé do ouvido
E te liguei

Me encontro tão ferida
Mas te vejo aí também em carne viva
Será que não tem jeito
Esse amor ainda nem nasceu direito
Pra morrer assim

Se você pudesse ter me ouvido um pouco mais
Se você tivesse tido calma pra esperar
Se você quisesse poderia reverter
Se você crescesse e então se desculpasse
Mas se você soubesse o quanto eu ainda te amo
Mas não posso mais

Não vou voltar atrás
Raspe dos seus dedos
Minhas digitais
Não vou voltar atrás
Apague da cabeça o meu nome
Telefone e endereço
Eu não vou
Não vou voltar atrás
Arranque do seu peito o meu amor
Cheio de defeitos

Me mata essa vontade
De querer tomar você num gole só
Me dói essa lembrança
Das suas mãos em minhas costas
Sob o sol da manhã
Você já me dizia:
Conheço bem as suas expressões
Você já me sorria ao final de todas as minhas canções

Então por quê?

quinta-feira, junho 14, 2007

Ídolos - versão bunda furada.

Há algum tempo eu costumava arrancar risadas das pessoas declarando que o meu sonho era ser a Sandy. Eu dizia isso não pra arrancar risadas (afinal não sou palhaça assumida assim), mas porque era muito ilustrativo e muito verdadeiro. Eu queria ser a Sandy. Ser magrinha, anã, virgem, delicada, ter a pele perfeita, uma sapatilha de plástico pontuda com o meu nome, todo mundo achar que eu canto bem, passar meus dias ensaiando coreografias, escolhendo roupas, posando pra fotos, dando entrevistas, fazendo aula de voz, shows no país inteiro, viajando de férias pra Nova York, aturando aquele irmão ambíguo e ganhando rios de dinheiro vendendo cds, produtos variados e fazendo campanhas do óleo de amêndoas Paixão.

Diz aí, você também não quereria ser a Sandy?

E olha que eu nem to questionando talento nem gosto de nada nem de ninguém. Deixa a Sandy quieta lá no canto dela, não discutamos o mérito da questão. Aliás, particularmente, se eu fosse escolher alguém que eu acho foda pra dizer "queria ser essa pessoa", provavelmente escolheria alguém fodido e não foda. Alguém doente, ranzinza, dono da verdade, mal humorado, cínico, depressivo, fumante, falido, que sofresse abuso, preconceito, angústia, crise existencial e etc. A Tina Turner, por exemplo. A mulher tem, ao mesmo tempo, a voz e o par de pernas mais fodas do mundo. E no entanto, ela tomou tanto na cara daquele Ike, que apesar de admirar pra caraleo, não dá pra dizer que eu quereria ser ela. Ou, mais perto de mim, eu admirava e gostava muito do pai de um amigo meu. Cheguei mesmo a dizer algumas vezes "O Jorge é foda". Extremamente inteligente, caramba. Mas tudo isso que eu listei ali em cima, ele é, e não dá pra dizer que haja alguém que deseje ser deprimido, frustrado, ranzinza. Na verdade, as pessoas que eu mais amo e mais admiro são nojentamente inteligentes. De dar raiva mesmo. E todas tomam no cu de um jeito ou de outro por causa disso.

Então eu queria ser a Sandy.

Vai dizer que você não? Vai dizer que nunca acordou sentindo que seria mais feliz se tivesse metade da sua capacidade cerebral? Se não tivesse que ter opinião política, não tivesse que provar nada pra ninguém, não tivesse que ter observações inteligentes, que entender trocadilhos, que arranjar soluções pra problemas seus e até pros alheios, se pudesse ser piegas sem perder a sua fama de mau, se fosse o intérprete responsável pela música do gambá na floresta e não precisasse se sentir acanhado por causa disso, se pudesse gravar uma música dizendo "esse turu-turu-turu aqui dentro/que faz turu-turu-turu não tem jeito" e ainda assim ter um monte de gente cantando e achando você o máximo.

Por que é que a maldita da qualidade ou o desgraçado do senso crítico têm que estragar tudo, tornar as coisas tão difíceis? Já é tão árduo fazer alguma coisa da vida, quanto mais fazer alguma coisa que preste! Isso é o que deixa uma pessoa saudável, de boa aparência, com pai e mãe vivos e presentes, que tem casa, comida, roupas quentes, ensino superior e alguns amigos, infeliz. Afinal, a sensação de que não está fazendo NADA da vida é estranguladora. E quem garante que esta criatura não vai passar o resto dos dias nesta Terra sem fazer nadinha? Sem construir nada que fique pra posteridade, sem ter um companheiro, filhos, sem fazer realmente a diferença pra ninguém? O que vai impedir que ela se torne uma velha criadora de gatos e regadora de samambaias, tão estéreis quanto ela própria foi em vida?

Entende? Eu queria ser a Sandy!!!!

Mas isso foi até outro dia, quando eu encontrei um ídolo novo. Uma meta nova. Alguém que expressa muito mais minha ambição de vida do que a Sandy. Ok, é feia, velha, inglesa, discriminada e sei lá como é que passa os dias dela. Mas uma coisa eu sei: ela é a segunda mulher mais rica do mundo, só perde pra Oprah. E mais: ela é escritora. E mais ainda: ela só precisou de UMA idéia genial pra se tornar uma bilionária em alguns anos. Esta é, nada mais, nada menos, meus amigos, que J. K. Rowling, a criadora do maior fenômeno da literatura infanto juvenil contemporâna - Harry Potter. Ainda que falem mal dela, que pichem a obra (as sete!!!) de subliteratura, que reneguem o valor do Universo criado por ela, não importa.

Por acaso algum desses críticos pseudo gênios, cheios de senso crítico e gosto refinado tem algum dos milhões que ela tem? Por acaso algum deles é conhecido por um décimo das pessoas que a conhecem? Por acaso as idéias deles já foram adaptadas para o cinema e foram assistidas por milhares de expectadores e fãs? A resposta a estas e outras questões é um retumbante NÃO. Eu me pergunto quanto de dor de cotovelo não terá nas críticas tecidas à autora e à obra.

Em todo o caso, não quero entrar também no mérito desta questão. Se é bom ou ruim, foda-se. A minha colocação é outra: basta UMA idéia genial, uma dose de talento e muita transpiração.

Porra, eu quero ser a J. K. Rowling!

quarta-feira, junho 13, 2007

Here Without You Babe



Adoro essa música. Sei lá por quê. Talvez porque seja emblemática, não só a respeito de sentir falta de alguém, mas também de mim mesma. Oh, Lívia, eu estou aqui sem você, mas você ainda está nos meus sonhos...Ah, Lívia, como eu sinto sua falta!

terça-feira, junho 12, 2007

Vale-Porquinho




Presente de dia dos namorados.

sexta-feira, junho 01, 2007

Corrente. Bando de fdp...

O féla do Zander (sem links, seu puto, essa corrente é quilométrica!) me passou uma corrente que é carma pra mais de duas encarnações. Só vou responder porque estou no msn com o Outsider e a Dehynha e não to com sono agora. Lá vai:

07 coisas que tenho que fazer antes de morrer:
1. montar uma biblioteca gigantesca na minha casa
2. assistir a um musical na Broadway
3. aprender a fazer strip tease
4. voltar a jogar RPG
5. escrever e produzir uma novela radiofônica
6. ter um gato
7. adotar uma criança.

07 coisas que mais gosto:
1. rir
2. namorar
3. ler
4. assistir filmes
5. comer sonhos
6. cozinhar
7. beber vinho espumante

07 prazeres fúteis:
1. assistir seriados antigos
2. comer a cutícula dos dedos das mãos
3. fazer listas
4. jogar The Sims
5. cantar no chuveiro
6. ler o que a Blogagi escreve
7. bater papo nonsense no msn

07 coisas que mais digo:
1. "vai pro diabo!"
2. "morra"
3. "devo ter organizado uma caravana de putas pra Santa Ceia, só pode"
4. "seje não existe: é SEJA!"
5. "você só não é mais (feio/chato/infame, etc) porque não é (dois, mais gordo, mais alto)
6. "você não vai estar fazendo nada, porra!"
7. "eu te amo".

07 coisas que faço bem:
1. falar bobagem
2. drama
3. escrever (segundo as más línguas)
4. ter idéias (o que não significa que eu as execute)
5. descobrir pessoas ímpares
6. fazer piadas com a minha própria cara
7. pudim de leite condensado

07 coisas que não faço:
1. dirigir (ainda)
2. me matar
3. tolerar gente chata
4. ser deliberadamente mal educada
5. assistir filmes como Velozes e Furiosos
6. ler livros de auto-ajuda
7. dormir cedo

07 coisas que me encantam:
1. gente inteligente
2. fazer rir gente que não ri
3. música (boa)
4. histórias bem contadas
5. gente culta
6. as gatas enteadas brincando e se esticando no tapete
7. o senso de humor dos meus amigos

07 coisas que odeio
1. falta de atenção
2. erros de português
3. gente que manda toneladas de emails sem significado
4. gente grossa
5. operador de telemarketing
6. donos da verdade
7. preconceito

UFA!!! Bom, eu acorrento nessa maldição a DEHYNHA, o OUTSIDER, o CARNÁ, o JORGE, a DRI, a ANJA e a LUNA ROSA. Virem-se!...rs

TIC TAC

Lívia diz: Contagem regressiva!
Junior diz: Pra ficar velha? :-P
Lívia diz: Não, pra te ver! *dança*
Junior diz: \o\

Aniversário, feriado, dia dos namorados. Vou comemorar tudo duma vez só! :-D