quinta-feira, dezembro 02, 2010

A Mosca

Eu tenho ojeriza de moscas-mosquitos-e-afins. Me dá desespero ver essas coisas voando dentro de casa. Não, não é medo, não. E nem nojo, na verdade. É ultraje. Indignação. Eu tenho a sensação de que eles estão me difamando, sabe? Porque a gente costuma associar a presença desses nojentos seres voadores a sujeira e A MINHA CASA NÃO É SUJA, cáspita! Na nossa última casa raramente entrava algum mosquito/mosca voando pela janela, mas neste apartamento acontece algo estranho. Na verdade, eles ficam pousados NOS CARROS lá no pátio, como se estivessem numa convenção bizarra e diabólica, tramando contra todos nós. E cara, não nada cheirando mal em lugar nenhum. Eles simplesmente ficam lá, parecendo gatinhos que a gata pariu e fugiu. Ok, nada a ver com gatinhos, mas você entende a metáfora, certo?

Bom, estava eu cozinhando outro dia e o Fabrício sentado no sofá assistindo a televisão. E o mais revoltante de todos os tempos: entrou uma moscona verde-azulada voando pela janela da cozinha (certamente atraída pelo cheiro da panela), deu um rasante na cozinha e passou pra sala.


- Fabrícioooooooo! Olha o moscão que tá voando aí na sala!!!

Ele desviou o olho da TV e acompanhou com os olhos a mosca voando, vidrado. Mas foi só isso.

- Fabrício, faz alguma coisa!
- Uai, eu to fazendo!
- Não é pra olhar, é pra matar, Fabrício!
- Mas você mandou eu olhar, eu to olhando, Morena!
- Fabrício, olhar não adianta nada, você ainda não desenvolveu olhar de raio laser!
- Por isso mesmo, eu to treinando! Ó!