quinta-feira, abril 12, 2007

Mulher Aranha


Senhoras e senhores: estou de volta. Até que me dê a louca e eu suma outra vez. Mas, por enquanto, algumas histórias pra contar do período de hibernação...

Semana passada estava eu em São Paulo muito feliz da minha vida. Feliz a ponto de encarar de novo um esporte radical que há muito eu tinha abandonado: a escalada de muros e saltos de janelas. Não entendeu nada? Ok, explico.

Há alguns anos eu fiquei trancada fora de casa e cometi a imprudência de bater na casa da vizinha e pedir pra pular pra dentro da minha casa pela área de serviço dela. Pois bem. Estava eu no alto do muro, tentando descer até o chão uma escadinha de alumínio que teimava em enganchar na bicicleta logo abaixo, quando a parte de cima do muro cedeu e veio abaixo - comigo junto. Levantei meio zonza e me arrastei alguns metros, até perceber que o rastro de sangue no chão se assemelhava a cenário de filme de massacre. A escada ficou retorcida, a bicicleta empenada e o meu pé todo estropiado, embora tenha se safado de quebrar por muito pouco.

Depois disso, jurei que nunca mais dava uma de Ethan Hunt. Até esta última quinta feira.

Ventava bastante e eu saí pra "laje" pra ver o lindo céu nublado paulistano (hahaha) e se a Dri já estava chegando. Andei uns poucos passos, me espreguicei e então ouvi o alarme dentro da minha cabeça disparar: putaquepariu! Eu tinha esquecido de travar a porta da sala com o saquinho de areia que ficava ao lado da mesma e tinha esta única função. Resultado: a porta bateu e euzinha me vi trancada do lado de fora.

Desatei a rir, né, fazer o que? E quanto mais eu imaginava a cara do Junior quando chegasse à noite e me visse sentada ali no relento esperando por ele, mais eu ria.

Mas, nem tudo são flores na vida de Joseph Climber. Eis que começa a chover no momento em que a Dri encosta o carro na frente da casa. Gargalhando eu expliquei o ocorrido e avisei que ia pular a janela do segundo andar, que felizmente estava aberta. Subi no muro da vizinha e de lá pra marquise, quando vi a mala da Dri saindo do carro com uma câmera fotográfica, rachando de rir da minha cara.

Eu não sabia se ria ou se me segurava pra não cair. Nisso, veio vindo o carteiro, que estava apressado pra não pegar muita chuva. Viu a Dri rindo, olhou na direção que ela apontava e esqueceu a chuva, ficou por lá mesmo, aplaudindo. "Ótimo", pensei. "Daqui a pouco tenho platéia".

Mas como eu não tava podendo confiar na minha sorte, tratei de acabar com o show rapidinho, pulei a janela, me estabaquei no chão e fui recebida com miados da Ingrid, indignada porque eu quase caí em cima dela.

A Dri riu até dar dor na barriga...o Junior tirou o maior sarro da minha cara...e o carteiro voltou andando devagarinho dia seguinte pra ver se flagrava mais alguma cena...pitoresca. Só eu, mesmo.

Obs: clique na imagem pra dar risada.

3 comentários:

anja disse...

huahuahuahuahua
Mas tu hein?

Mas so vou acreditar se tiver foto do beijo no carteiro de ponta cabeça.
:))

Anônimo disse...

Eu juro que nunca, nunca mesmo, vou duvidar quando você disser que vai fazer alguma coisa. Principalmente se tal coisa tiver toda possibilidade de erro pos´sivel... :oP

Dri Polacco disse...

Essa Dri aí sou eu?
Hahahhaa